segunda-feira, 18 de maio de 2009

Lição numero um: O desejo

(um dia saberás a tortura que é ser alguém que foi largado por ti)

Um pouco farta de períodos mortos.
Mais que farta.
Diziam que uma semana não era nada. ... ....Um mês. ...E mais um.
Quase que se ria, para não ter de chorar. Incrível como de repente o desejo reinava num mundo de conformidades com o moldável e coordenado.
Eram muitos e bons, e bons...e muitos, e muitos mais muitos, nadas.
Onde era tão facil simplesmente manipular, os fracos, a um estilo a que o puro amor de adolescência não estava habituado.
Era irresistível como, apenas uma alma pecaminosa conseguía reinar num mundo de fracos pecados e de pecados mundiais, e capitais, por serem tão apetecidos. Diziam-lhe ser a inspiração dos outros. A loucura de todos. E a vontade de muitos.
Sentia se apenas- monótona.
O único adjectivo que odiava mais que a pureza. A única palavra que causava lágrimas, e mudanças.
Saudades dos tempos de rastejar em paredes, de fazer buracos em residências e de se sentir leve. Por ser erguida pelos membros. Por todos os quatro. E pelo quinto especial .
De noites, em que a terra se misturava com a água, e no calor da cor da paixão, se insinuavam toques. E mais que toques. E ainda mais que toques.
E onde o beijo se tornava carnal, por ser demasiado apetecido. E entre mãos, e dentes e trincas, as marcas de uma noite se tornavam as dores do dia. Felizmente falando.
Onde os botões eram esquecidos, os fechos descobertos e o tecido enriquecido, pela dureza do chão, ... morto.
Esse, que ansiava pela suavidade de dois corpos verticais, cobiçosos de continuar.
Mas paravam. Como bons "pleasure delayters" , numa demonstração de um orgasmico poder, que suava vontade por todos os seus poros.
Contra postes, e paredes, e mesas de bilhar (adiadas), e carros e calçadas. Contra corpos. E contra promessas.
De repetições tardias.
Camas feitas.
E beijos arrefecidos.

Diziam que uma semana nao era nada.
Realmente...
Foram apenas quatro dias.
Eu espero outros quatro.
Ele merece.
Ainda está a aprender..


É sempre um prazer.
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