quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Não faz sentido fazer sentido

Tenho escrito muito em inglês.
O inglês faz-me sentir mais lida.
Não sei de onde saiu este desejo de ser ouvida - tão grande.
De partilhar e ser partilhada.
Curiosamente, junto da fase da minha vida onde me sinto mais amada.
Porque estou longe e todos se lembram. E todos perguntam e querem saber.
E tenho comigo, o homem da minha vida. Em pensamento.
E amigos, que cozinham para mim. Sabem tão bem eles, que me conhecem tão pouco, que sou muito má a cozinhar.

E estes parágrafos constantes.
Também me confundem.
Instantanea e momentaneamente me sinto cada vez mais socialmente integrada.
Socialmente falando,
E em redes continuando.
Todos falamos assim.


Sem tempo para texto, para prosa. para um gigante texto sobre o amor e seus clichés. para o desamor e suas frustações. Já tive. E guardei-os. Junto dos meus pecados online, e junto dos meus documentos privados ao coração.

Mas eis que algo nos deslumbra.
Vemos um filme bonito. Um filme muito bonito. E pensamos que sim.
Simplesmente que sim.
Um grande sim.
Tudo está bem.
Ainda existem filmes bonitos.
Não vale a pena pensar mais.
Fica uma música. Que não é do filme ( mas devia ser).


"What If" - Michael Dowse
(este é o filme)