terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Guess who? Did you miss me? Jessica Simpson, singing the chorus.

Vi te passar no outro lado da rua. Olhei para ti, mas não me viste como eu. Estava a pensar em ti. Era só mais uma daquelas coincidências maradas da vida em que sem querer o que queres se concretiza. Mas quando acontece, achas estranho. "foda - se que afinal há deus" .A redenção divina aproxima se de ti. Benzes te e tornas te cristão. Não te aches especial, eu penso em muita gente. Estás como sempre, mas diferente. Já não cheiras a intimidade, já não me pedes o aconchego e eu também não to daria. E por muito que a base servisse de apoio para a sobrevivência, ás vezes perder os alicerces é o que nos faz reconhecermos nos sem a multidão. O que és tu ? Sem todos os bens, sem toda a merda abundante nessa órbita que o dinheiro fizeste tua?
Nao sei. Talvez sejas tudo, talvez nao sejas nada.
Eu perco tudo e mesmo assim, a merda persegue me.
O meu passado é um íman poderoso para caralho, felizmente sou feita de vodka.
Não me podem tocar.


Hoje há pizza ao jantar. E dois shots mais tarde.
( E com estes 2 assumo te. es o ponto fraco. que retraio com tudo. o meu ponto fraco.é o que sempre serás.)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

E ja nem os olhares marotos paravam os pensamentos

Hoje não apanhei o metro . Era hora de ponta e a intimidade entre dois corpos estranhos já não é tão aprazível como antes. Agora existe o culto do corpo. O acreditar no melhor possivel para cada momento e não no que vier mais rapidamente, de momento a aproveitar todos os segundos.
Os segundos não acabam. Os dias passam todos os dias e as noites, as noites estão cheias de frio e sozinhas.
A única forma de os dias pararem, é pela pura, bruta e cruel vontade própria. E essa, já teve dias de mais energia.
Hoje, está estagnada no sofá. Deixou o corpo ir-se passear. Passam por ele os elogios, que entram e saem á mesma velocidade e sem querer, dão lugar á recordação.
Recordar. É só o pior verbo de conjugar. Especialmente quando chega á primeira pessoal do plural. Fiquemos por aqui.
Vamos antes aquecer a noite.

Uma manta, e um chá branco.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Proud.

Qual é o único pecado que custa a engolir?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Queres ser meu amigo?

Achava estranho justificar os erros. Se ainda por cima se ria deles.
Considerava- os consideravelmente aceitaveis, achava os uma capacidade inata do homem.
(Desde já as minhas desculpas aos leitores narcisistas que se consideram perfeitos ... excluo vos a vós apenas )
Perguntava se muitas vezes "Rir me ei alto o suficiente para alcançar o ridiculo?"
Rir me ei mais alto ainda. Foi divertida, a sublime paragem de pecados. A essencia é intrinsecamente essencial, nao discordo de todo. Mas a essencia também é constituida dos pequenos autocolantes que te personalizam e nao a Gandhi sentando na sua rocha de tranquilidade.
Ouvem a minha voz daí do fundo?
Muito bem.
Gandhi nao tem amigos.
Assumiu se numa falsa modestia de positivismo , e ninguem o conseguiu aturar mais que uma tarde.O existencialismo so é importante coberto de autocolantes.
Erros? Nome do meio.

Boa noite. Faltam 20 para as 9 .

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Essence





" Segundo a doutrina cristã, o estado colectivo normal da Humanidade é o estado de pecado original. "


Eckhart Tolle " Um Novo Mundo"

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

May his shade be sweet

Certas vezes, o chao já era so sombra. Nao olhava o tecto por medo que tambem de bréu se formasse mas na perfeita noçao do meu espaço envolvente sabia que la estaria com certeza. Uma sombra mais poderosa para mim que para os outros. Nem minha era. Dizia que era vendida e prostitui se por meia duzia de trocos sujos. Dizia se pequena. Mas ostentava a sua grandeza e imponencia. Rezava para mim " May his shade be sweet" , e pedia para que flutuasse apenas e nunca entrasse em contacto com o solo. Me deixasse os tectos, me deixasse as paredes, e comigo nelas, me deixasse os tapetes, as camas e as superficies que faziam parte do verbo amar. De mãos unidas e apontadas ao céu pedia baixinho para que voltasse. E no entanto, era todo um passado de silhuetas e todo um presente de sombras.
o futuro ? esse é inconstante

domingo, 15 de novembro de 2009

Memories of a ocidental geisha

18h59m - Pensa se no reencontro de fim de tarde.

19h00m - Cumprimento -a . Sempre foi o meu reflexo. ( Nunca deixou de o ser ). Cheira a inocencia. Ás vezes acho-a um pouco insipida, involuntariamente.

19h 30m- Convido a a gargalhar ao som da historia de one night stand, ela aprova mas reticente.

20h00m - Despeço -me. O beijo na face é sempre apropriado, mas o bónus do abraço dá- nos algo mais que uma mera banal conhecida. "Até logo my sweet"

20h30m - O jantar está no forno. Cheira a comida na casa. E a comida curiosamente cheira a banalidade. Deito me no sofá "Fortunally there's a Family Guy" ...

21h00m - O banho. A lingerie, as leggings, a blusa, as botas, o eye liner e o rabo de cavalo. Escova se a franja e mete se laca. "Até amanha Mãe!" , "Juízo!" ...

21h30m - No autocarro penso no diálogo da praxe. Será que após todos estes anos ainda existiria a ideia pré concebida que iria para um bar beber sumo e falar? A ignorancia nunca fez mal a ninguem.

22h00m - Saldanha. Ele já lá está. Jantamos. O dinheiro é pouco mas o cavalheirismo nunca ... mais 5 euros no bolso.

22h30m - (ainda estamos a comer dasse!)

23h00m - O café. Fico a ver. Odeio o vicio do anti stressante, pós ressaca.

23h30m - O metro desta vez. Saímos no Cais do Sodré.

0h00m - A 24 de Julho está cheia como sempre a estas alturas do dia. A excitaçao do "anything can happens" traz sempre mais alegria ao ar. Inicia se a aliciação , com as peles nuas na parada. Outrora todos tivemos 15, 16 anos.

0h30m - Subimos o Alecrim até ao Camões. Estão la os que precisamos para continuar a subir.

1h00m- Tacão , Boca , Groove. Novos hábitos, shots de sempre.

1h30m - Continua a aliciação.

2h00m - Hora de convivio de reecontro. Faz-se sempre o mesmo. Nunca os mesmos, curiosamente.

2h30m - Inicia se a mentalização de ter de ir para algum espaço fechado pago, gratuitamente.

3h00m - Escolhe se um ao acaso. E voilá já chegámos. E voilá iniciou se o "anything can happens" de sempre. Karma is a bitch as always.

3h30m - Instala se "the vodka coma" .
The Vodka Coma - Euros ganhos com trabalhos árduos, gastos em trabalhos não tão árduos, incluindo um shot de vodka e absinto e seus primos, tudo o que se segue a estes é completamente indiscritivel por falta de memórias voluntárias.

11h - [Flashback.]

11h01m - NAAAAO....

11h02m - Vómito mental.

11h03m - Vómito real.

12h00m - Telemóvel. Mensagens da praxe.

19h - É demasiado cedo para pensar sequer na noite .

(...)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

LAUGH OUT LOUD! LOL

A dor é um autocolante.
Love... feel love. Every question, every answer too. Ever constant, ever changing few. It's all memory in the sun, or it's all in the darkness. Maybe it's all around to seeif we try. And maybe it's been inside of me all this time. Love. Crazy with it, crazier without. Never certain, never full of doubt. Now you feel it, now you don't. Do you know what you're feeling? Where did it come from and where, does it go? If it were right in front of me, would i know?
Love

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Dizem que a nuvem esconde o sol.

Dizem que a nuvem esconde o sol.



"Às vezes está tão séria que parece outra pessoa, beijas-lhe a boca ausente e sentes que estás a traí-la. Olhas para as vossas mãos enlaçadas, frias, e só sabes ficar. "

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SMS - Short Message Service



1 mensagem recebida


[ Estás bem? ]

( Alguma vez tive mal? )


[ Ja tiveste sequer? ]


( Ao menos sabes o que é ter? )

[ Nao te tive? Sem querer.. ]

( Sem querer? Com muito ardor ... )


[ Nao te aches, meu amor . ]

( Nao me acho. Oiço te a crescer. )

[ Crescer? So nao consigo mais te crer. ]


( E depois? Conseguiste sentir outra mulher? )

[ E antes? Amada ou insaciada? ]


( E depois? Odiado ou ocupado? )


[ Apenas saciado. De ja saber estar. ]

( Nao sabias tu sequer como havias de chegar )


[ Desculpa, mas também te vi a aproximar. ]


( Vim (- me) para te fazer brilhar. )


[ Nao saberás tu do que nos podemos orgulhar? ]


( Nao te esquecerás que a mentira é mais facil de suportar? )

[ Suportarias tu o desejo outra vez? ]

( Chama-lo-ias tu de uma vez? )


[ Gostavas de saber viver sem provocar? ]


( Haveria outra forma de me conseguires amar? )


[ Amar-te-ia, sempre, de forma descontrolada. ]


( Nao me ames por nao ser domada. )

[ Tens razao. Apenas te amo porque sim.]


( Pára de me amar. Chega os olhos e chega te a mim. )

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

C'est la vie


Gostava de acreditar em finais felizes.
Apenas vejo os convenientes a um ou a outro.
Certo dia apercebi me do meu. Estava meio escondido por detrás de uns conhecidos meus, mas o meu era fluorescente e vi-o de longe. Estava num canto e estava acompanhado. Procurei nao interromper. Tambem nao gosto quando mo fazem.
Esperei. Umas horas de depois, convidei o para um cafe.
Perguntei lhe se ja conhecia o meu mais recente destino.
Disse me que me conhecia melhor que eu a mim mesma.
Orgulhei me.
Perguntou me se á terceira era de vez e se ja sabia correr com mais velocidade.
Disse lhe que há pressao, fugimos sempre mais depressa.
Voltou ao canto e esperou me durante 50 anos.
Acabou sozinho.
E saciado. @

sábado, 3 de outubro de 2009

Se eu fosse uma puritana...

Vamos dedicar algum do nosso tempo a demonstrar risos histéricos enquanto me dedico á construção deste texto. @

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

If today was your last day...


( Excerto de um texto de 300 páginas )

(...) Passo ali a manhã.
Há anos que não tinha uma manhã.
Sabem bem.
Mas dão sono.
Tenho fome outra vez.
Vou passar no Bairro.
Ele deve lá estar.
Toco e ele não atende.
Saiu, queres ver.
"Já vou!", diz a voz do outro lado da porta.
"Dasse" penso eu, "uma gaja aqui sinceramente tipo não acho normaaaaaaaa. ... "
Abre me a porta.
Acabou de sair do banho.
Ok.
Estás perdoado.
Atiro o contra uma porta e pressinto que o sofá está com frio, tiro lhe a toalha com uma mão que consegui libertar e tapo-o.
Sempre fui pró-mobiliário.
Há direitos que têm de ser defendidos.
Asseguro me que está tudo bem, com a minha telepatia fantástica.
Os outros sentidos estão todos ocupados.
Ele arranca me os calções com os dentes, tira me a blusa antes de pisar o tapete da entrada e de repente estou com a minha lingerie preta preferida e as minhas meias de vidro.
(Não sou parva nenhuma, tirei logo os ténis para dar logo uma visão mais aprofundada da cena meu amigos...).
Ao colo dele e contra uma parede, percorre me o corpo com o que parece ser um par de pernas e meia, 10 pares de mãos e 17 línguas.
Mas sabe bem.
"Já me sabes de cor".
Ele chama me deficiente.
E eu empurro o contra a parede oposta e procuro vingança.
Devia de ir para a Marvel... Uma história como esta... Obtenho -a.
Pumbas.
Deves pensar.
Entra por mim sem tocar e não chegamos ao quarto.
De pé numas escadas mortais em caracol.
Ora aqui está um ambiente diferente.
Chegamos ao quarto.
Round 2 ladies and gentlemans.
Condom? Ladies, amanhã já não estou cá.
Liberdade para todos filhos da puta!
Mas não quero dizer que não os haja.
Às vezes apetece me chupar qualquer coisa.
Diz que faz bem á tensão e não quero que a minha mãe se chateie com a minha saúde. Obedeço-lhe portanto.
Ele diz que me ama.
Já estava á espera.
3 Horas de tanta coisa boa só podiam resultar em merda.
Agarro nos calções, nos ténis, na blusa e na mala, passo lhe na cozinha roubo um tupperware que ele lá tinha de cozido á portuguesa, agarro num garfo e fujo.
"And now ladies and gentlemen, i give you, a tipical Renata Alves escape!"
Obrigada, obrigada! (...)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Subway Sin



Era uma vez uma fantasia que de repente saltou do pensamento, fugiu do papel e se tornou real. Vou contar-vos como tudo aconteceu.
O mp3 ligava se quase sempre instintivamente e quase sempre sem ajuda humana entrava num qualquer transe electrónico que ela tanto amava. E normalmente, este e nao os seus reais desejos a guiavam pela cidade.
Dirigiu-a este grande malandro então para o metro em hora de ponta.
Proxima paragem: Marques de Pombal.
Nada como uma intersecçao de cores distintivamente separadas por linhas, para toda a cidade se reunir nestas. E era o caso. Ouvia o seu destino pela voz de uma senhora que já era senhora quando era menina e algo lhe dizia que continuaria senhora até morrer. Mesmo depois da rapariga velha perecer. Esta avisava assim a chegada do velho amigo bicho subterraneo, condutor de almas perdidas de transporte proprio.
Chamavam-lhe hora de ponta. Em breve se aperceberia tambem disso.
Toda a cidade que parecia estar na estação á espera de um fumo inalcançável da chegada, tinha-lhe agora roubado o lugar dentro de tal carruagem. Percorria-as em segundos que contavam como minutos que tinha para inspeccionar minuciosamente o conteudo de cada.
A devoradora nunca parava a estupida caça. Como todos sabiam.
Entrou numa aleatoria. A furia de uma tarde passada, encontrava se com a pressa do presente . De portas quase fechadas, ve uma mao a dividi-las e a desejar lhe a entrada, por prazer. Agradecia sem ver rostos e tambem agora sem maos e entrava de uma forma que todo o seu corpo entrasse.
A sua pele ficava presa e com a ajuda dessa mesma mão foi solta e liberta no mundo selvagem. De costas e sem outra alternativa, agradeceu. No meio de um transe electronico, onde um obrigada por muito bem ter soado a um OBRIGADAAAA!!!!!!
Encostada agora pelas curvas natas do bicho subterraneo, via se agora encostada ao seu hand man . Sentia lhe a respiraçao propositada na nuca, junto ás costas. Os poros erguiam-se mas calmamente os tentavam deseriçar com o pensamento.
"Que vergonha"
Sentia lhe a beleza de costas.
"Que injustiça" .
Ele conseguia ver uma das suas faces, enquanto ela apenas o sentia. Deixou-se ficar naquela posiçao. Deixou-se ficar mais um pouco. Passou a sua paragem e continuou. Sentiu lhe um esgar de contentamento misturado com uma respiraçao ofegante.
Ardia.
Tinha a sensaçao que tinha suado mais nos ultimos 2 minutos que num dia intenso de voltas, reviravoltas, contravoltas e contraidas tambem.
Na estaçao terminal sentiu lhe uma mao a cobrir lhe a cintura e a querÊ-la mais perto de si, agora que a fluencia do metro e a subita paragem havia acontecido.
Abriu a sua bolsa, tirou de la uma caneta. Com a sua mao esquerda, tirou lhe a direita da certa e deixou lhe uma data e um local.
Sublinhou e saiu do metro.
Nunca olhou para trás.
(...)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ás vezes, uma beca de paz.

Ás vezes pergunto - me se não será muito mais interessante ser porco, desinteressante e bardajão e nao julgar o que não se conhece, ou que se conhece pelas palavras do desconhecido que nos desconhece e por isso desconhecerá o melhor para nós, do que simplesmente odiar aquela que parece assentar em tudo o que é incorrecto para todos e beca beca.

Ás vezes penso que teria imenso jeito para trabalhar num supermercado. Sou especialista em rotular e ninguem me faz o contrário, pelo menos nocivamente e beca beca.

Ás vezes, concluo que o melhor é abrir os olhos e apercebermo-nos por nós mesmos, seja fascinio dos outros e realidades dos próprios ou nao, como o mundo gira por si só, e esquecer toda a palavra que com uma moral mais pequena que uma insignificante bactéria se acha no direito de julgar.

Ás vezes, gosto de meditar. Outras vezes, acordo e penso que o mundo está bem como está e o simples ar que me envolve dá me vontade de respirá-lo.
Ás vezes, ...

Gastam-se-me as palavras.


Outras vezes,
Gastam - se -me as desculpas.
E beca beca beca beca....

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A rapariga que comia Chiquillins



Conheço uma rapariga que desejou estar no centro do palco e com uma luz bem presente também no meio de tudo o que era, ser apresentada.
Que falassem dela como se a tivessem conhecido durante mais de 50 anos, e mesmo assim apenas tivessem conseguido captar as capacidades inatas, os desejos inerentes e os universos que a constituíam. Para ela chegava. Para ela chegava a sobrar.
O realmente importante, era não ser conotada por uma imagem de dúvidas, em que a excentricidade chegava quase sempre a vencer a essência e onde a persuasão do espírito era sempre vencida por uma constituída e verdadeira forma de viver a luxuria do corpo.
Afinal, para todos os transeuntes de uma rua, uma puta não sabe falar para além do broche, do em pé ou deitada, do com tudo incluído ou o só por trás. Onde o imundo suplanta o brilhante e onde o aparente reage perante o real e o torna irrelevante.
Essa minha conhecida, apenas gosta de fazer crer, que o pecado não é nocivo. O pecado é um dogma moral de uma sociedade que aprendeu dentro da sua bolha actimel coberta de El Caseis Imunitasses, a baixar a cabeça e a obedecer a um manual religioso. O pecado tem de ser vivido e desfrutado, tem de ser amado intensamente e tem de ser respeitado. Mas antes de mais, tem de fazer respeitar a moralidade do espírito.

Hoje tomei café com ela.

Estava mais calma e serena que nunca. Nunca a tinha visto respirar fundo, mais do que duas vezes. Atenuou a intensidade do extremismo que a reagia e aprendeu a ponderar. Perguntei lhe o que correu mal no pecado vivido sem cessar. Respondeu-me que o mais difícil, quando o desejo existe, é não ultrapassar o limite imposto. Perguntei lhe novamente, (com um ar um tanto impertinente de interrogatório), se alguma vez chegara a ter limites.
Riu-se de mim. Disse me que todos temos limites. E aqueles que não os admitem ter, são simplesmente aqueles que de ideais vincados, insistem que não se adaptam à divergência e permanecem erectos perante a adversidade. Era apenas um moderar de pontos negativos que contrastassem com a sociedade, como que a apresentar o choque dos positivos perante o real.
Pediu me que não a levassem a mal. O narcisismo persistia e acho que até ganhara uma nova vida. Mas este aprendera a meditar. Até aqueles que vivem sozinhos, têm de conseguir viver consigo mesmos. As lições continuam a ser as mesmas. Hão-de continuar com o tempo.
Por enquanto, a energia permanece pura. Sem vinganças, mal dizeres, traiçoes, sujidade e pesos desnecessários.

Que a desilusão nao se torne parte integrante dela.
Mas hoje, enquanto comia as suas Chiquillins de sempre, disse me que se tinha apercebido que a unica forma de percepcionar a importancia dos que amava, era perdendo-os.
Achei triste.




(finalmente saboreei o gosto de ser fodido por mim
Sabe a vodka. )

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A maldade reside nos rótulos


Uma voz manda me ser feliz.
Essa voz sussura-me como um gemido irritante de alguém que não se sabe vir.
A voz diz-me que devo procurar a concretização dos efeitos, a constatação dos factos e a diferenciação do bem e do mal. A voz é possuidora de deficiências na fala e acredita que o mal existe. E uma voz com deficiencias na única capacidade expressiva que tem, nao deve ser realmente seguida, mas penada e pegada ao colinho. Dizia-me ela, com voz de voz, que o mal nasceu para reinar sobre os pecadores.Perguntei lhe de seguida se sabia com quem estava a falar. Desconhecia.
Fiquei decepcionada de nao ser conhecida mundialmente, mas ainda assim lhe respondi "Minha amiga patente de deficiencias, dizei-me então o que é o mal?"
Surpreendendo me de tal forma que cheguei a bocejar de surpresa, respondeu me ser o descumprimento dos mandamentos de Deus.

"-Modizza Firefox
-Google
-"10 Mandamentos"
-Wikipedia
-ME+DO
-1.Eu Sou o SENHOR, o teu Deus
2.Não tomarás em vão o nome do senhor, o teu Deus
3.Lembra-te do dia de domingo, para santificá-lo
4.Honra teu pai e tua mãe
5.Não matarás
6.Não adulterarás
7.Não furtarás
8.Não darás falso testemunho contra o teu próximo
9.Não cobiçarás a mulher do teu próximo
10.Não cobiçarás a casa do teu próximo."

Após vomitar todo o riso contido em mim perguntei lhe com seriedade.
"Ó voz, se eu chegar a casa a esfregar a barriga e dizer "Deus está de férias quem manda aqui sou eu. Bora foder que é domingo, em cima do croché que a minha mãe me fez que é molinho pró coito, na casa da vizinha, ó meu cabrão que por acaso é meu primo afastado e casado, que depois tenho de ir enterrar o zé trigo que perdeu comigo na sueca e ainda teve o caralho do descaramento de me foder em tribunal depois de se saber que eu é que tinha roubado o stock de super bocks á mercearia da aldeia!" ... estou a cometer algum pecado?"

Nunca mais ouvi vozes.

sábado, 15 de agosto de 2009

Love letters from a motherfucker






"Lisboa, 15 de Agosto de 2009



Boa noite,

Desculpa dizer te isto assim, mas ontem sonhei contigo.
Nao estavas sozinha, mas brilhavas no escuro como se fosses a unica direcção certa a seguir da minha parte. Nao me interpretes mal, nao te amo e sinto nauseas ao pensar em ficarmos juntas, mas na utopia do meu sonho, eras minha . Possivelmente, porque esse momento está proximo novamente. Nao podes ocultar o que está á frente de nos. A entrega que decidimos adiar mais um dia, quando chegar, poderá (em muitos casos) ser altamente constrangedora, mas altamente deliciosa.
Nao me leves a mal, mas esta noite sonhei contigo. Olhava para ti ao longe, ( estavamos protegidas pela multidao ociosa e monotona) e sentia os teus olhos verdes em cima de mim. A percorrer-me. Soube me mal. Sabes que nao suporto que atravesses a minha intimidade, e me retires o controlo do momento. Mas como sempre, esperei acompanhar me pelo luar, e aproximei me do teu perimetro sem medos. Como sabes que funciona, contra toda a logica, e contra toda a experiencia. Hor-a-logic, my dear.
Espero que nao leves a peito, mas hoje sonhei contigo. Mas hoje os teus olhos eram castanhos. Sabes como é foda, nunca sei com o que posso contar da tua parte. Mas normalmente, é a satisfaçao .
Ate logo, já aí vou ter contigo. Deixa me so tomar um duche rapido.
Espero que esteja tudo bem , ontem deixámos a conversa a meio,
Muitos beijinhos.
Gosto muito de ti!


"

terça-feira, 11 de agosto de 2009

(UNDER CONSTRUTION)

If today was your last day ...




?
(importam se de me dar um segundo? ja desenvolvo... )

domingo, 9 de agosto de 2009

Deixa o ar entrar



Deixem me partilhar convosco.
A partilha nem sempre é o mais saudavel a fazer.
Nem sempre o menos demente, o mais irreverente ou o mais decente.
Por vezes, reflecte apenas no espirito o que a todos os narcisistas faz a maior confusao de sempre : a irmandade.
Encontro-me, como ja partilhei com alguns, numa fase altamente energetica.
"Como aqueles freaks marados das roupas demasiado largas, das palavras que parecem escarros e das pedras curativas ó super?"
Esses mesmos.
Possuo mantras.

Mãe se estás a ver, não é uma doença incurável.

Sao palavras que dizes a ti mesmo para acreditares que tens controlo no destino com palavras. Não é exactamente a definição ideal ?
É a que me reflecte paz de espirito.
E para além dos principios adquiridos por uma vida pecaminosa e apenas doentes para os que veem de longe, é necessário a concretizaçao dos mesmos.
E os meios para os concretizar.
A resposta está nas energias com que te rodeias.
Positivas por favor.
Bebadas, drogadas, puras, sexuais, refinadas ou bardajonas.
Positivas por favor.
Ai peço desculpa, nao referi a noçao de foda dissimuladamente por uma vez em todo o blog.

Nem sempre ha o prazer necessario,
Mas ha o desejo adiado.

Ate la.

domingo, 26 de julho de 2009

Karma's a bitch, isn't it?


(ela sai de um quarto, ele saia de outro. Frente a frente, sem coincidencias aparentes.)


- Fazes-me um favor?
Chega mais perto.

- Assim?

- Mais um pouco.

- Está melhor?

- Ainda usas o meu perfume.
- Nao sei sequer cheirar outro odor.

- Queres que te ensine?

- Nao. Gosto apenas de te cheirar.
(Ela aproximava-se do seu ouvido com a percepção que de certeza ainda estaria quente. )

- Faz-me um favor.

- Faço-te dois.

- Deixa-me para sempre.

- Nunca te agarrei.

- Nunca me deixaste. Fizeste questão que as tuas correntes, fossem invisiveis ao olhar.

- Achas- me irresistivel?

- Acho-te igual a mim.

- Achas-nos dependentes?

- Acho- nos resistentes. Sobretudo á tentação. Mas o desejo corrói o pensamento.

- Pensas muito no que fazes?

- Penso apenas no que não consigo fazer.

- Comigo fazes o que quiseres.

- Contigo fantasio. E deixo o concreto ser um sonho. Pelo medo.

- Nunca tiveste medo de nada.

- Mas tu não és o nada. Tu és tudo. Porque és como eu.

- Sou tudo para ti?

- És tudo para ti. Tal como eu o sou para mim. Para mim és uma cama quente e o desejo saciado.

- Ja te sei de cor.

- É reciproco.

- Completamente excruciante.

- Completamente monótono.

- E no entanto...

- É tempo de parar.

- Concordo.

- Pára comigo.

- Ok diz me quando.

- Está quase.
Quase... quase.

- Espera por mim.

- Eu estou aqui.

- Apenas te amo quando és meu.

- Apenas te odeio quando não sou teu.

- Obrigada.

- Até daqui a uns meses.

- Sabes bem.

- Qualquer dia deixo de saber.

- Promessas, promessas, ...




Cada vez menos,

domingo, 19 de julho de 2009

Lição número três: A concretização imediata



Se há evidencia que ate os menos clarividentes admitem sem negar, é que a espera desnecessária é um pedido necessário de uma atençao estúpida.

Uma diferença forçada que sinceramente, me dá vomitos sequer ao pensar.


(Pequeno momento de náusea fisica )

O que as simples e sopeiras labregas de terra não sabem, é que a determinação leva as pessoas muito mais longe do que apenas palavras. E sinceramente, chega a dar pena a estranha torção das evidências que estas fazem de uma one night stand.
"Não não precisamos de saber o teu nome",
"não não quero saber do teu numero", pois como tu , há milhoes.

10 neste país mais aproximadamente.
E por isso, a necessidade de continuar os mandamentos da sinceridade fisica, com a concretização imediata dos acontecimentos.
Já se foram os tempos, em que os cavaleiros andantes esperavam na parte baixa da janela das donzelas para que estas lhes mandassem um fantástico e excitante lenço branco.

Hoje em dia, o cavaleiro vem da noite, já com uns copos a mais (que não conseguem esconder o que Deus lhe deu por boa vontade á luxuria) trepa a merda da varanda, caí na relva, começa-se a rir, grega-se todo, volta a subir e concretiza o que muitos só achariam possivel depois de um muito afamado casamento .
E , hoje em dia , até já cavaleiras as há. Mas essas chegam a desmaiar na relva e a efectuar a escalada de manhã.

Porque a vida não é feita de palavras doces, compreensivas e amorosas. A vida é feita de bardajonices, de caralhadas e palavras obscenas. As verdadeiras. Que moldam as pessoas fracas em identidades poderosas.
Porque nascemos para sermos genuínos e nascemos para sermos felizes.
Acreditem em mim,
Hoje vai ser uma boa noite.
Eu faço acontecer, e tu fazes valer a pena.

sábado, 4 de julho de 2009

While I was sitting, waiting, wishing...


(...) Quando sonho, tenho a perfeita claridade, que o eterno não existe.
Aproveito a efemeridade de cada fantasia e esforço-me por usufrui-la antes que me abandone.
Não que seja apenas nos sonhos que as verdadeiras fantasias se concretizam, mas é apenas lá que as mais desejadas são postas á prova em vez de serem cozinhadas num calmo lume brando.
Apenas por isso, gosto de sonhar.
Fechar os olhos, melhorar episódios vividos, terminar momentos que deixam a desejar ao mais saciado e acreditar realmente que passei bons momentos com este ou com aquela.
( O choque que um "a" no fim de uma palavra transmite )
Por vezes, sinto que podia ficar toda a vida apenas a sonhar. E sentir me saciada com isso. Acreditar que apenas eu posso tornar cada momento incrivelmente real, apenas com o desejo de que isso seja verdade.
E ás vezes, acordo e abro os olhos.
E no entanto, no dia seguinte volto a fechá-los.


(Vem aí o cliché)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Fuck you moment

Sentimentos que se cruzam.
Posso dizer sentimentos sem parecer ridicula?
(Espero que sim)
Outrora, acho a identidade apenas se sentia confusa. Dependente de opiniões que sinceramente apenas interessam a outras identidades.
O narcisismo não pode chocar com o mundo e ficar perturbado. É realmente a unica verdade.
O carnal perdeu se no pensamento e tenho impressão até que a fantasia se aliou á realidade.O mundo parecia realmente distorcido por verdades absolutas. E a verdade absoluta destas mesmas, é que se perderam os bons momentos.


O sexo
(sem quaisquer tabus a nivel da concretização efectiva dos vocábulos)
não tem razões morais, não tem opiniões alheias e não tem perturbações exteriores.




Resume-se a momentos.
Resume-se a beijos, trincas, penetrações, palavras, gemidos e concordancias.
Resume-se a felicidade momentanea.
A expontaneadade primitiva.

Torna nos livres de tudo. Torna-nos presos a nós, e á consciencia de nós mesmos . E a como moldar a situação ao extase correctamente medido e correctamente recebido.

A histórias de ternura, onde o tempo passava devagar e monotonamente respondiamos a "Estás a gostar?"es com "Haham..."s demasiado sarcásticos para nao serem percebidos até pelo mais labrego de todos os homens. Onde a violencia e o inesperado tornavam tudo muito mais que episódios, mas em páginas de um diário de vida que ainda iria ser escrito e que emocionaria uns tantos em contraste com os milhões que ficariam chocados com a possibilidade de tanto acontecer, mesmo antes da maioridade.
De luzes, sons, toques e gostos fantásticos de tantos,e de outros não tão interessantes.
A vida há-de (Se Deus Nosso Senhor quiser - E caso este nao seja conservador!)
Proporcionar estes momentos a cada um
Das melhores e das piores maneiras, de forma a que se possam aperceber do que é realmente bom.
E usufruirão do prazer.


E de mais prazer.
E mais,
MAIS,
E MAIS!

Sempre.
... até ao fim.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

... under constrution life

Os 10 Cruciais:

1. Paz de espirito .

2. Equilibrio .

3. Principios .

4. Genuinidade .

5. Irreverencia .

6. Demencia .

7. Paixão .

8. Controlo .

9. Pecado .

10. O Eterno Prazer.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A paixão e o controlo.


Por vezes o mais dificil é parar.
O cessar permanentemente, o estado cíclico de um movimento. O começar o que já foi feito, o continuar o já descrito e o acabar o conhecido. Achar natural e correcto, que a monotonia da aventura pecaminosa, deixe de ser uma monotonia vã. E vil, para os males do coração e da razão.
Esses, que zelam pelos valores e pelo respeito próprio de cada identidade tresmalhada.
Antes, perguntavam-me como, riam-se e veneravam a sensação de pura liberdade dentro de um corpo condicionado e dentro de uma existência mortal; agora apenas me interrogam os porquês. O porquê de não amar. O porquê de nao continuar. O porquê do simples acabar. Antes que a noite o faça.
A eterna novidade do mundo, deixou de ser novidade e terminou o seu estado de eternidade, para ser substituida para uma efemeridade memorável. Daquelas que remetem para grandes histórias futuras, e bocas puras de espanto de tantos outros, que se resignaram a doutrinas convencionais. A novidade, encontra então por fim, a sua conclusão.
Pensem comigo numa despedida correspondente a uma vida de lágrimas, suor e destruição de purezas alheias. De fantasias e de concretizações. De desejos pedidos e desejos negados, e acedidos posteriormente, contra uma qualquer parede alheia. De despedida aos constantes e infinitos objectos de estudo, que mal sabiam que estavam a ser estudados por um mestre.
Foram apenas memórias,
Segue se a despedida.
Estou a pensar numa adequada á situaçao.
Mas tarde vos contarei, para nao estragar a eterna novidade perdida.
Inaugura-se um novo ciclo.
O pecado, esse, está sempre presente. Mas escolheu abraçar o controlo. Uma paixão desmedida, controlada por palavras próprias. Não me soa de todo a blasfémia aos mandamentos pecaminosos a que me resignei.
Esses,
Que tão bem ensinam a viver.
@

domingo, 31 de maio de 2009

Lição numero dois : The provocation

( Such a big Lol!)

Retomando do inicio.

Apercebi-me. A camada de pureza que envolve ainda os puros, que sem nunca terem pecado, se sentem em superioridade.

Pobres coitados, pensam que por terem olhado as almas pecaminosas de lado, são agora como elas.
Era simples de mais, caros amigos. Era dificil demais, esconder a facilidade que tudo implicava. Era apenas necessário o abandono do sol.
Para dominar a minha supremacia na noite, onde as estrelas carinhosamente nos convidavam a sentar-nos a uma mesa de gulosos pecados, e servir-nos do que nos melhor apetecer petiscar.
E delirar.
Mas muitas vezes, a carne é crua e ainda não foi cozinhada e o mal que provem de carne mal cozinhada, é apenas carne mastigada. E nao saboreada.
Perguntam -nos se a vamos cozinhar para a podermos deliciar.
Mas ninguem tira o alimento da boca, o mete na grelha e o volta a provar.
Ha sempre alguem que se meteu no meio, e tirou a pureza á primitividade e e dureza, de um diamante em bruto.
Não obstante, um educador é um educador e tem o dever de no minimo, - educar.
Aprendamos entao a segunda lição.
A lei primitiva da afirmação. A lei do sim. A lei da resposta imediata.
Um pleasure delayer, não é um padre. É alguem que com os condimentos certos, mantém a estabilidade de uma instabilidade de desejo imediato , crescente. Com pequenos gestos, com palavras e gestos. E provocações...Hummm.. provocações.
A provocação é o imediato extremo da conformidade e todos sabem, como o pecado odeia ser estável permanentemente. Numa monotonia de tristes e falsos virginais.

Resumindo, caros educandos.
Quando desejamos,
Temos de desejar.
E não apenas, querer com muita força
Lembrem se sempre : O desejo é o primeiro passo para o pecado.
Seja então bem vindo.

Para apenas os que se esforçam
E o merecem,
Deixei o prazer debaixo da porta.
Tragam no para dentro quando entrarem.


Como sabem,
Ha sempre,
Sempre,
O prazer.@

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Post script, pequeno aparte para os ninguéns do mundo

Estremeço
Volto a estremecer
Doi como a dor do balanço
Faz o balanço
Por si so
Doer.
Sem querer,
Perguntas
Se era essa a sua intenção
E nao de fazer entender
O coraçao
Que devia de vez em quando
Intervir
E deixar de ser so a luxuria
E a preguiça
E a ira
E a raiva no geral
Falar mais alto
Que o ignorante estremecer
Do balanço.
Darei mais de mim?
Se o fizesse,
Balançaria
E voltaria a balançar
E morreria,
Por esse
E pela melancolia
De não saber que um dia
Existisse alguem
Que me estremessesse
Como ninguem.
Que ironia.
Quem diria que um dia,
Tambem eu precisaria,
De ceder.
E existiria,
Apenas para esmorecer,
Por um ninguém,
Que ao todo sugeriu
Que o nada tambem
O faria tremer.
E gemer.
( ;D)



é SEMPRE UM PRAZER.

sábado, 23 de maio de 2009

When I say : "I do it"... I do it


My dear,
Nothing...(say with me)

NOTHING IS TOO CHALLENGING
when the desire is there.

FOI um prazer
. LOL.
@

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Lição numero um: O desejo

(um dia saberás a tortura que é ser alguém que foi largado por ti)

Um pouco farta de períodos mortos.
Mais que farta.
Diziam que uma semana não era nada. ... ....Um mês. ...E mais um.
Quase que se ria, para não ter de chorar. Incrível como de repente o desejo reinava num mundo de conformidades com o moldável e coordenado.
Eram muitos e bons, e bons...e muitos, e muitos mais muitos, nadas.
Onde era tão facil simplesmente manipular, os fracos, a um estilo a que o puro amor de adolescência não estava habituado.
Era irresistível como, apenas uma alma pecaminosa conseguía reinar num mundo de fracos pecados e de pecados mundiais, e capitais, por serem tão apetecidos. Diziam-lhe ser a inspiração dos outros. A loucura de todos. E a vontade de muitos.
Sentia se apenas- monótona.
O único adjectivo que odiava mais que a pureza. A única palavra que causava lágrimas, e mudanças.
Saudades dos tempos de rastejar em paredes, de fazer buracos em residências e de se sentir leve. Por ser erguida pelos membros. Por todos os quatro. E pelo quinto especial .
De noites, em que a terra se misturava com a água, e no calor da cor da paixão, se insinuavam toques. E mais que toques. E ainda mais que toques.
E onde o beijo se tornava carnal, por ser demasiado apetecido. E entre mãos, e dentes e trincas, as marcas de uma noite se tornavam as dores do dia. Felizmente falando.
Onde os botões eram esquecidos, os fechos descobertos e o tecido enriquecido, pela dureza do chão, ... morto.
Esse, que ansiava pela suavidade de dois corpos verticais, cobiçosos de continuar.
Mas paravam. Como bons "pleasure delayters" , numa demonstração de um orgasmico poder, que suava vontade por todos os seus poros.
Contra postes, e paredes, e mesas de bilhar (adiadas), e carros e calçadas. Contra corpos. E contra promessas.
De repetições tardias.
Camas feitas.
E beijos arrefecidos.

Diziam que uma semana nao era nada.
Realmente...
Foram apenas quatro dias.
Eu espero outros quatro.
Ele merece.
Ainda está a aprender..


É sempre um prazer.
@

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Era apenas uma memória orgulhosa.

Olha aLI!
Sinto um carinho especial por metáforas.
Permitem-me camuflar o medo, calcular a queda sem que ninguém se aperceba, e ser livre, no meio de prisões evidentes. De todos. Permitem me ainda, homenagear espíritos, corpos e mentalidades.
Hoje vou contar-vos como o pecado se transforma também este em felicidade e por sua vez, num corpo.
Como um corpo chora e se ri. E por vezes meses sentado e só, se diz genuinamente infeliz. E como outro corpo próximo de alma pecaminosa e capaz, o tentava ajudar. Falhando. Chorando. E chorando ainda mais alto. Pela impotência mordaz.
Infeliz vivia a alma pecaminosa, numa infelicidade evidente para os que sem medo a olhavam, e ainda mais evidente para os que a viam de verdade. E escura para os que tentavam sem conseguir. Os mais próximos e os mais desejados.
Orgulhosamente vivia, apaixonadamente chorava e amava com cada suspiro, o tentar mais o vez. O incessante continuar. Persistia numa luta de nãos e sins mentirosos e dizia ser feliz sorrindo para uma sombra oca.
Persistia em dizer, que tinha algo que não tinha, e perder o que não possuía. Em ter o que perdeu, e em perder o que estupidamente teve. Por ser estupidez a devoção cega, a um ideal já esquecido e banalizado, estranhamente em simultâneo.
Chorava em palavras para maiores de 18, e dizia para os todos que a quisessem ouvir, "Possui-me!" , numa tentativa de mostrar, também ela, que pecar era saudável. E de irreverente ser, por não banal de tornar, num mundo de ninguéns. que não se apercebem que á primeira ninguém vence. Num mundo de nomes e de vazios. E num mundo de prisões.
Num mundo de segredos, e de confrontos. Onde a verdade é subestimada e onde a justificação significa a dependência do ser.
E onde a dependência se torna cega.
E onde o medo se apodera do ser.
E onde se perde o ser.
Sem medos.
E se ganha coragem, para ter medo. E a coragem de viver, se perde. Por lutar diariamente, com a coragem de medo ter.
E onde a metáfora ganha vida.

Por vezes, sinto-me a cambalear. Numa linha de certos e errados, onde aparentemente o certo é a razão e o errado, o obscuro. E onde se olharmos com um olhar de quem vê de verdade, nos apercebemos que o certo é apenas arrogante para quem sabe que errou, e o errado, pede perdão. E o errado se ajoelha. E o errado tenta e se esforça, num esforço vão de falhados.
________________________________________________________________

Salto da minha linha. Procuro o errado. E dou lhe a mão. Dou lhe o corpo, e o aperto o meu reflexo com força. E o puxo para a minha linha. Juntos, saltamos para o certo. E jorramos lágrimas, e pedimos e rogamos, e o certo com a força de cem mil anos de amizades passadas, nos dá uma oportunidade.
Agarramo-la e fechamos a mão. Fugimos rapidamente, para a linha de conforto e pensamos na solução.
Pensamos....pensamos.
E antes e depois. No inicio e no fim. No durante e no talvez.
Genuinidade.
O dia já corria mais depressa.
A metáfora já fluía com mais naturalidade.
Eram apenas amores para a vida.
O que mais há?
(...)
Lembraste meu amor,
Na tua lua de papel pensavas
"agora sou feliz"
E eu excitada te dizia
"Neverland, ele puxou te para dançar!"
E tu no teu alto de possessão me dizias
"Não mais vou estar só."


Era apenas pouco mais de humildade, por favor. A arrogância já nos fez mais valor. De dia para dia, cede para a tristeza.
Obrigada.


(Keep dreaming. Neverland, can't stop dreaming. And wiching. And trying)
É sempre ( o maior) prazer.

domingo, 3 de maio de 2009

Be proud


Dizem que é pouco.
Muito pouco.
Pouco demais.
Os velhos. Felizes por antigos serem, e ainda mais antigos por serem felizes assim. Da infelicidade dos jovens. Que cumprem as metas. Dos jovens altruístas, que nasceram do que estes pobres velhos nos deixaram. Dos jovens bondosos que vivem da merda dos antepassados, de sorriso e orgulho na ponta do nariz.
Felizes por jovens serem.
Dizem que é pouco.
Eu digo que a merda é muita. E no entanto a perfeição de cada um, torna toda a merda apetecivel. Vemos jovens a estudar ( os meus avós nunca o fizeram ), vemos jovens a mudar (os meus pais nunca o farão ) , vemos jovens a inovar (faço-o todos os dias).
A falsa modéstia é para os falsos de espírito.
O orgulho de uma geração, que por entre a merda, consegue sorrir, é um orgulho puro.
Tragam glamour a tudo o que sentem. Ambicionem ainda mais. E se vos tentarem impedir, sorriam -se nas suas caras.
Ja ninguém sabe gozar.
(É um trunfo e um truque, de mim para vós)

Daqui a dois dias, tenho dezoito anos.
O que muda?
A visibilidade do futuro.
Esquecer o nevoeiro que é ser dependente.
E ser feliz. Pecando.
Orgulhosamente.

(O orgulho é apenas para os que já jorraram lágrimas de vergonha. Dói sempre mais na queda, aos que nunca baixaram o nariz. )



Sempre. O prazer.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Amor vs Paixão

(Paulette e Saraides)

Hoje brincaremos com os sentidos
Sentiremos o ser
E ignoraremos a insensibilidade
De viver
Perceberemos como amar
E como pecar, apaixonadamente
Uma guerra de conceitos
Uma batalha de emoções
Entre o poder do físico
E do emocional.

E como deliciosa era a paixão
E como fantástico era o físico
De um.
E de outro.
E outro ainda.
E mais cem que lhes seguíam,
(e outros cem que lhe haviam de seguir)
O tocar intensamente cada pedaço
Examinando sem prudência
Ou precauções,
O corpo de outro ou outra.
Quebrando a tentação
Cheirar o suor das noites
E dos dias
E das tardes.
E todos os pequenos momentos,
Que faziam pequenas horas,
Se tornarem milénios.
Saber tocar,
Saber abusar,
E abusar mais uma vez.
E saber o sabor
Do corpo.
Da mente.
E da carne. Do fruto mais que proibido.
E por isso apetecido.
A meia dúzia de trincas.
( Sofregamente falando.)
E continuar.
E nunca parar.
E nunca
Nunca
NUNCA
Parar.
O olhar,
E ver se continuas viva.
Para continuar.
Intensamente.
E olhar mais uma vez e implorar
Junto do ouvido mais quente
(de desejar)
"Diz que me queres."
E aceder ao pedido.
Querendo.
Todos os segundos.
De uma hora bem vivida.
E voltar.
Olhar o espelho coberto de bâton
De beijos próprios
De uma imagem exclusiva
E intransmissível
Continuar o ímpeto feroz
De ser sua
Própria,
Num pecar privado.
E desacompanhado,
De sombras opostas.
Eram apenas momentos
De equilíbrio entre duas sombras
De certos e errados
De quereres e desejares
De igualdade de sentimentos contrários
De juventudes
E de inconsciências sem remorsos
E sem amanhãs
De presentes
E de actualmentes
Esquecendo o que lhe sucederia -
- Amores eternos.
E surge-nos este
Amor
E é amor, caros espectadores!
Como carícias transmitem memórias
E as memórias tão facilmente nos recordam
Lágrimas de outrora,
E sorrisos do presente.
E estranhamente,
Ao longe
Ouvimos a voz do passado, indicando a experiência
De beijos profundos
De amores completos
E de difíceis
Finalmente proferidas palavras:
"Eu amo-te!"
- dizia ao ouvido, e olhando-o de seguida nos olhos.
Olhando-o,
Seguindo-o,
E percebendo com um pestanejar,
Que se é desejado.
E nunca mais amado
Igualmente por ninguém.
Sem lágrimas ou hesitações.
E beijava-o,
Saboreava-o sem fim.
Num beijo de mil anos,
De sins. E compreensões. E de vidas.
O beijo mais apetecido,
E o mais procurado.
Com um nariz de curiosa,
Cheirava-lhe o perfume.
Hummm, um tão delicioso perfume.
Um perfume de beijos
De calor e ardor (de saber que não iria acabar)
De amor e de conforto.
Olhava-se num espelho milenar,
Contava as rugas
Os prazeres, e as histórias
E dizia ser feliz com o seu reflexo.
Percebia cada centímetro de si
Percebia cada milímetro de quem amava.
E numa corda bamba,
Equilibrava o amor e as paixões de criança.
Havia apenas uma diferença.
A intensidade.
A história.
E o continuar no dia seguinte.
São memórias de uma vida.
Uma batalha sem fim.
Um amor,
Apaixonante!
E eterno.

'tás a olhar?



When you walked

Through the door,

It was clear to me
You're the one
They adore, who they came to see.

JEALOUSY WILL DRIVE YOU MAD!
(and you gotta love madness)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Wanna bet?



(super Carlaides aqui tens)

Por vezes era demasiado simples.
Demasiado previsível.
Olhava para os lados e tudo o que via eram olhares. Olhava para os olhares e tudo o que via, eram simples lados, ... e frentes, e cimas e baixos.
De fome. Inoportuna e curável fome. Certas vezes dava pena, certas vezes chegava a esmolar alguma pobre desgraçada que lhe pedia a esmola de uma vida.
E ela servia-lhe um linguado e dava lhe um euro para uma sopa. "Pobre rapariga".
Por vezes, nem o desleixo levava à inaxaltação de tudo o que representava. Era demasiado fácil, por amor de deus!
Todos os dias pedia a deus um desafio, uma nova tentativa para se superar a si mesmo, ainda que abusasse dos princípios de alguém, ainda que fosse considerado errado, tudo o que queria, era mostrar mais.
Egoístamente.
A única coisa que o tornava feliz, excitado como crianças com sacos de gomas, eram apostas. Os "aposto contigo", os desafios impossíveis.
As visões de que apenas ele seria conhecido como o que faria as flores deixarem de ser erguer, quando a sua vítima passasse por elas.
Era o orgulho eterno de ser o melhor. A tentativa de mais e melhor.
Até ao dia.
E nesse dia, apontaram-lhe a pureza de uma. Salivava por todos os lados, frentes, cimas e baixos existentes. Era demasiado divertido, tornar a decência impura (podia ser que baixasse de vez a merda do nariz perante o pecado e se apercebesse que era triste, a puta ! ) .
Mas era de uma decência inacreditável. Não lhe reportavam de semanas de celibatarismo em que um pequeno beijo, rosaria um par de faces em três segundos. Falavam-lhe de anos. Falavam-lhe de escolhas. Do facto de não ser fome. Ser conformismo num estilo de vida seco.
Quase que chorava e agradecia a deus o desafio. A merda da pimenta já se tornava escassa demais no armário das especiarias. E estava na altura de fazer um refogado de pureza e luxúria. O jantar, está marcado para as 20h.
Não faltem por favor.
Em principio vamos jantar pelas docas.
Ficaremos por lá e acabaremos a festa na praia. A fazer corar a inocência, com histórias de fazer cair a alma por terra ás queridas mamãs.
Na lista de convidados, desta vez, a preguiça e a inveja não serão convidadas.
A luxúria e a gula dizem que trazem acompanhantes.
Fica para a próxima.

É sempre um prazer.
O beijo.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Life expert




In life, i'm an expert
,
How can you show me anything new?


@Always a pleasure.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

8 dias



Pequeno momento de introspecção.
É o regresso. Existem certos momentos, em que nem o mais importante se sobrepõe ao crucial, relativamente á sobrevivência. E no que diz respeito a sobrevivência, a minha posição sempre foi clara- não o faço.

É preferível viver dois minutos e sorrir em todos os eles, e gemer de êxtase, e gritar de excitação, e fechar os olhos de emoção, a pura e simples,

comer, dormir, rezar e continuar. Continuar da-me pena em contraste com culminar cada momento esporadicamente e num súbito momento de inspiração batida - rebeldemente.
Mas isso são outras conversas.
O mais crucial num momento de ridícula ternura emocional - são os pequenos doces na vida de alguém - que transmitem sorrisos e trazem lenços de papel em todas as alturas em ombros mais próximos.
São imagens espelhadas. São os próprios espelhos. E consciências que vivendo alternativamente, juntas equivalem à perfeição.
Uma semana, com dispensáveis, faz apreciar os essenciais.
Não lhes devo nada,

Só a estabilidade de princípios.
E a irreverencia do ser.

Quem conhece, sabe.
Quem não conhece, inveja.
Mas invejar,
É pecar , meus irmãos.

A minha bênção, então.
É sempre um prazer.


@

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Ex: Pecado Original



Tenho uma pergunta para ti.
Reserva te aos teus conservadorismos por favor.
Desde quando ... (acalma te por favor não é nada de especial)...

É que o pecado se tornou monótono?

Há tempos que não me recordo bem da distancia exacta, pecar era como saltar para o desconhecido. Comer de mais era horrível e punido, ter orgulho era anti-cristão e desaprovado, ter vaidade em si próprio era ir contra o pudicismo padrão, foder e gostar de o fazer era ser considerado vendido e fácil, sentir raiva era triste e marginalizado, acordar depois das nove era ser preguiçoso e inútil e não dar aos pobres era ser avarento e egoísta.
Neste momento, não se fazer um destes itens não é estranho, é usual.
Hoje em dia não é assim tão fácil para os cristãos e cumpridores.
Vivemos numa "sociedade" gulosa, vaidosa, que fode e gosta de foder, de raiva e amor e de sentimentos à flor da pele, preguiçosa e amante do quentinho e do conforto da cama, e egoísta para com os pedintes.
Interessante.
Tentei fazer de nos tristes e pecaminosos, e so nos tornei ainda mais apetitosos.
Agora vou só ali olhar me ao espelho e tocar me na minha cama durante 6 horas, gritar com a minha mãe por qualquer coisinha, comer um balde gelado e quando me pedires um bocado ... NÃO DOU!

É sempre um prazer.
@

segunda-feira, 30 de março de 2009

Cala-te e...



Demasiado impensável para ser verdade.

Demasiado verdade para ser pensado.

Demasiado irreal para não ser vivido.
Demasiado apetecível para não ser realizado.

Ás vezes parecia demasiadamente um sonho. Os cabelos incrivelmente castanhos dela, lembrando o chocolate; o corpo insinuado em roupas de primeira e recordações de segunda ( de um passado de sedutoras memórias) e o olhar. Muito sinceramente, e cortando com todos os clichés de romances de novelas de canal privado, era o olhar mais vivido de sempre. Transbordava o sentimento de "nada do que me faças me surpreenderá".
E ele amava isso nela.
Secretamente.
Como em qualquer boa história.
Ele diga-se de passagem, se respeitoso fosse, seria de sua obrigação, curvar-se perante quem o criou, e agradecer a dádiva da sua incrível beleza. E haviam-se conhecido por coincidência, numa de muitas noites de jovens crianças. Em que o álcool se sobrepõe á decência, e a sangria por ser á descrição, é jorrada sem medos. E a lucidez a pouco e pouco se perde. Ela, não por hábito, mas por necessidade, deixou-se vender por um "Posso te pagar alguma coisa?" e pouco tempo depois, encontrava-se de consciência, desejos e pernas abertas, em contraste com um conservadorismo trancado a sete chaves. Ouvindo o som ensurdecedor de um qualquer dj de segunda, sentindo um corpo qualquer o seu, gemendo e repetindo insaciável. Assim ficaram por uns longos dez/quinze minutos até que se tornou monótono.
E dispensável.
Foi-se embora sem sequer lhe dizer uma palavra.
Deu lhe um estalo e um beijo. Dizia-lhe um cínico até breve.
E fez lhe um chupão.
"Já foste meu".

Anotava num pequeno caderno preto. Pintado de vermelho e borrado a rosa, de um baton ordinário já gasto.
Por ordem alfabética, por favor. Ordem, listagens e continuação. E alguma genuinidade, se fosse também possível. Viveu assim, e desviveu também. Sem se aperceber que passara uma juventude, vivida e desejada, vivendo com os mesmo personagens. Inventando os mesmos nomes, sonhando os meus sonhos e saciando-os. Era uma parede, e uma foda para a mesa 3! A monotonia de um corpo.
Até que havia decidido parar. O corpo já rejeitava os outros, os outros continuavam insaciáveis e o termo de rua já se adequava á personagem. A reputação foi parada. O dia foi reposto. A noite abandonada, e o desejo adormecido.
Passaram-se então três anos.
Até que voltara a abrir os olhos.
Ele era perfeito. Por ser imperfeito ao falar. E eficaz ao agir. Haviam-lhe dito. Davam lhe um nome que não o dele, e diziam-lhe ser o deus.
Com um estalar de dedos, ordenou-lhe a morte da sede. E ele assim o fez. Existiam alturas em que usar um vestido curto, ajudava à causa do senhor e existiam alturas em que estes eram também mais fáceis de tirar. Encontrou-o num canto escuro de uma festa privada. Empurrou-o contra uma qualquer superfície e fez lhe uma revisão geral, nos ensinamentos de jovem criança. Cabeça, corpo, dois braços e três pernas. Estava lá tudo. Beijou-o sofregamente com o desejo de anos, e a experiencia de outros tantos. Percorrendo o corpo, e fazendo sons de apreciação global. Pobre rapaz, sem se aperceber do exame nacional a que estava a ser testado. Durante horas era seu sem se aperceber. E no fim Dava lhe 12 e dizia-lhe "Precisas de estudar mais." Era apenas um miúdo. Com mais fama que proveito.
E agora, tinha lhe dado a fama.
E o proveito estava lá.
Pelo menos o dele.

Nada a continuava a surpreender.
Sem ser o tamanho da sua enorme lista.
Era mais uma.
Pensava ela.

E apenas a percebia quem a conhecia de uma vida de listagens.



Sempre. O prazer.
@

domingo, 29 de março de 2009

Futilidade






Certo dia, acordei.

E senti que nenhum outro sonho poderia ser pior, que a constatação do passado preciso. Sonhei com a perfeição.
Com a realização.
Com o concretizar de todos os sonhos.
Um real pesadelo.
Apercebia-me que nao tinha ao que mais almejar.
Que a fantasia era a realidade e que estava completa.
E de todos e conjuntos me formava.
Nao percebia bem então o que fazer.
Nao percebia porque respirar.
Nao percebia onde tinha agora que lutar.
Onde estavam as dificuldades.
Os desafios.

O quebrar barreiras era agora guardado num álbum de fotografias, o sentir a adrenalina preso na memória e o desejar intensamente junto das cicatrizes do passado.
Senti-me presa por já não saber sofrer.
Chorei por não ter mais o que chorar.

E só percebi que estava infeliz, quando chorava á frente de sorrisos. Sorria perante os álbuns, as memórias e as cicatrizes do outrora.
E o futuro dava-me festas na testa e afagava-me as lágrimas. Por saber o que me esperava.
De dificuldades e durezas, tentavam tornar uma magnolia, que ás terriveis maleitas se havia habituado, a uma conformada rosa, de pensamentos iguais e carinhos fáceis.
Perguntavam-me porque chorava eu.
Respondi-lhes estar a mentir.
Chamaram-me hipócrita.
E aí,
Chorei então de verdade.


(...)