terça-feira, 27 de novembro de 2012

Blue Caterpillar


As boas relaçoes definem-se pela intensidade e não pelo vácuo espaço-temporal. São vagas, escassas e magoam os demais, não habituados a este tipo de convivência. Pessoas que sobrevivem com pessoas. Enquanto que existem seres humanos extraordinários que repugnam a humanidade com a sua capacidade inata de se humanizarem. A de total e nula capacidade para tal. Co-existem apenas temporariamente, com a maior intensidade e não procuram magoar os demais, simples carregam o forte peso da identidade que carrega ainda o peso da memória, que carrega o peso de uma contra-memória dos que nascem em fases avançadas das suas vidas e que contradizem as suas ilusões e fantasias, com as da realidade. Porque todos sabemos que o mistério, o fantástico, o porco e o pornográfico suporta a característica rídicula mas tenaz da curiosidade e do interesse. Como quando és criança e vês uma osga gigante, que é absolutamente repugnante, repugnantemente viscosa e no entanto, espetas com um pau. Há que construir um mundo á volta da osga, porque é esta que te irá mostrar o fantástico, te irá fazer maravilhar e acreditar em algo mais que a sobrevivência. São estes efeméros seres, sublimes encantadores vermes que fazem o circo da vida. Isolados, espontaneamente concebidos e desenvolvidos com vontade e destino próprio, deixados no tempo e no espaço.

Percebe esta natureza é perceber o resto.
Quando magoar nao é magoar, é existir.
Quando a transmissão de tudo não se assemelha á partilha, mas á verdade do que deve ser partilhado, por uma vontade interior.

O meu nome é Renata, já agora.

domingo, 21 de outubro de 2012

Calafrio em construção

É como perder o sentido que já pouco de si existencializa. Como uma versão mal contada dos factos em que uns diziam que era o quente o responsável, e outros proferiam com a maior certeza mundana ser o frio.

domingo, 14 de outubro de 2012

Soldier On


Sinto uma constante. Como um ar que carrega os medos, as aspirações, os orgulhos perdidos e recuperados, as memórias e os passados. Passados contados ou vividos e que agora permanecem na incerteza de um reaparecimento. Onde andas tu? Diz me onde andas. O passado foi construído sobre as bases erradas, felizmente erradas. Certamente próprias, mas que tornaram o presente exigente com os humanos que nele subsistem ridiculamente na única condição de serem os mais cool em redes sociais. Onde foi parar a comoção? Que é feito da inteligência, que é feito do amor sincero lírico e duradouro? Que é feito.... foda se - da concordância, da discordância, da discussão, do saudável, do nocivo e novo, da novidade por si só - dita, da noção de cultura, da literatura constante, do sentimento de liberdade, da individualidade virada para uma sociedade de diferença e não para uma sociedade estética de consumo. Onde a liberalização do individuo dá importância ao conteúdo e ao exterior, como um misto de uma equação estratégica e tacticamente pensada. E não só pelo ridículo do estético irreverente, e não só pela assunção dos conteúdos - sem neles demonstrar prática evidente de ser experienciada. Mas guardada em cofres de pensamento. Ridículo, quase tão ridículo como a falta deste. Onde estás tu? O mal não se esquece pela exigência e dedicação do bem na vida, não se balanceia, não se compensa, o mal traduz se em cicatrizes. As cicatrizes são fodidas, são como tatuagens da experiencia. Como se o tempo decidisse dedicar-se á arte urbana, depois de ver pelos anos passarem-se belos murais nas calçadas da minha cidade, e concluísse que o ser humana, precisaria - assim como as calçadas- de uma lembrança de que o mal correto dos artistas que se comovem, que experienciam, que espancam, que amam e ardem pela arte e pela vida também englobam a dimensão temporal do que vivemos, também englobam o espaço, a dor, a queda, o murro, o ardor e a consequente cicatriz. Tatuada pela constante. Lembrada pela memória coletiva. Num regime político de expressão social, de identidade banal, de poder desequilibrado e de contrapoder endrominado, por mentes insanas, controladas pelo desejo de matar. A identidade resta. Tudo o resto flutuou.


(Dispersão envolvida em conteúdos programáticos, frustações presentes e melancolias de Temper Trap. Uma dissertação acertada. Sem conclusões.)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Offline


Escrever avassalada é quase tão perigoso como escrever sem saber escrever. Sendo analfabeto. Quase tão difícil como ouvir sem poder saber, quase tão triste como falar sem obter o conteúdo prévio dentro de si. E fazer o que seja por simples favor. E descobrir que o eminente avassalador é perigoso por ser altamente detalhado, pormenorizado e prepotentemente convencido que é mais do que os outros estados da vida, uns mais ou menos apáticos, mas que nem por isso deixam de ser, estados.

E aqui fica a explicação da minha ausência.
Dominada pela criatividade romântica - sexualizada e provida do maior sentimento - a prosa literária foi suspendida do pensamento, ainda que por vezes me percorra o imaginário de forma fugaz. Tão fugaz que se me escapa pelas fendas da memória.

Voltarei.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sobre o que dizem, não se escreve mais nada.


Dizem que existem historias de pessoas a quem o condão de ser felizes é quase instantâneo aquando de uma nascença em berços de ouro, ou por vezes de prata, quando mais providos de heranças ou de financiamentos paternais ( ou maternais ) pelo resto das suas vidas. Dizem ainda que existem pessoas que nascem abonadas, completamente bonitas e desejadas, de belezas estupidas de serem requisitadas por um e por outro e por alguém que se atreva a sonhar com eles. Dizem que existem pessoas de uma bondade extrema, em que o coração parece ser quase manteiga, barra as almas de uns e de outros, e causa indignação – “Porque não?” – dizem se todos os redundantes que de bondades banais e sem cariz perturbante, não sabem como amanteigar almas comuns com um simples toque de personalidade pura inata. Alguns, menos significantes, protestam ainda contra aqueles que de personalidades fortes e ingratas, são abonados de individualidade, que qualidade! Que suscita a que rodeia uma pura admiração, seja esta magnânime, arrogante ou simplesmente simples e fluída com o tempo e o acontecimento, sabem estes que o momento, não é mais que uma passagem e o que fica é o que são. E por isso, de pura garra e irritante genuinidade são estes que sem puta de noção de outra realidade, se agregam aos ricos, aos belos, aos bons e aos fortes e únicos, na única característica que os define como grupo e lhes retira o que são para se manterem num coletivo partilhado pela noção cruel de individualidade. A característica base é acrescida com  o tempo, não melhora com o momento, faz apenas pequenas demonstrações de jogos de escondidas e apanhadas, regressam ao caos e ao quotidiano de forma latente, e de repente!!!, faz de vós incríveis e indiferentes, ainda que conscientes, ao acto ridículo, porém eloquente, em tempos de grupos, coletivos e banais conscientes, ridículas pressões sociais a que estes não se sujeitam, pela sua característica ignóbil, irrefutável e desejável de uma condição latente e irreverente, se estarem sós e alimentarem-se de solidão. 

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cage of feathers

A concretização é uma ambição perigosa.
Ainda mais como sonho
Devastante como orgulhosa,
Realidade quotidiana
Eterna verdade mundana,
Para os ricos e incontestáveis
Felizes e maravilhados
Amados e apaixonados
Pela incessante continuidade.
Engana sim, percepciona e entende-se
Como leviana
Mas séria e decente; firme e concreta
De natureza correta.
Fazendo a noção de impossível perecer.
Torna a realidade inexpectável.
Inexorável
Imutável.
Perante a incondicional presença
De um fim destinado
E concretizado.
Não que seja de todo desesperado
Mas torna os espíritos flutuantes
( Digamos risos, essências e tornados)
Eternamente condenados,
Á monotonia de um ser efetivado
Por não mais pairar sem condição.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Círculo da nicotina


Deixa-me explicar-te o meu dia.
Misturou se com a noite e por isso nao o vou intitular de independente. E de si mesmo.
Iniciou-se com um cigarro. Um bizarro e único cigarro, que persistia perante o vazio de uma caixa outrora rica em nicoticas nocturnas. Estranho, e importante será realçar, que cigarros de manhã, são apenas para dias directos das noites. Em casa de umas e outros, para curar certas e únicas necessidades de controlo e luxúrias várias. Mas este meu era diferente.
Há cigarros que não se extinguem. Permanecem na incerteza de serem ou não fumados, ou simplesmente esquecidos a meio de conversas. O meu não se extinguia perante a continuidade de uma melodia. Uma perfeita e deliciosa melodia. Chamada Primavera, de uma banda que se oferecia a si mesma ao público.  E então tudo começou. Bonito. Numa casa com vista para os pilares vermelhos gigantes, de onde se cheirava a própria estação da melodia de longe.
A miga dormia, e eu sorria sem saber.

Soube mais tarde.
Era a calmaria.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Prosaicamente carmim

Não precisas de uma identidade poética, cliché e repetida para seres lírico, apaixonante e interessante.

"Sente as extremidades, minha rosa"

"

"Não tenho culpa de nao saber amar."
Mentes-me descaradamente! Onde está escrito o método de amar? Amar uma noite é amar. Se assim creres, amas com dignidade para com o teu conceito e entregas-te, sem mentiras, quando te entregas. Eles é que não sabem amar, minha rosa! Fizeram desta tendência de troca e partilha entre indivíduos, uma coisa tão banal e social que todos pensam ter de fazer tudo e só o que é considerado, perante os outros de civilizado; como se não tivessem a certeza do que sentem. O casamento é uma invenção tão patética como a guilhotina."

Deitada na cama, só e verdadeira, deixo o corpo imóvel, ignóbil, petrificado na esperança da perdição. Uma perdição que fuja aos mundos onde me encontro. Fria, frágil, fragilizada e facilmente forçada para quem não a reconhece como minha. Uma perdição honesta, modesta e esperançosa de que a mudança permaneça pelos ossos, pela carne, pelos órgãos e por todos os pequenos e grandes tendões que asseguram a minha imobilidade perante a perdição.

Deitada na cama, só e verdadeira, hirta e acerba consciente do meu corpo, oiço uma voz clara e consciente, misturada com uma banda sonora apreciada. Não propriamente calma, mas introspectiva perante o estado que se quer. O estado consciente e, efetivamente meu.

Deitada na cama, só e verdadeira, oiço a melhor voz do mundo. Compreendo cada letra como se melodia fosse e entoo-a como se minhas palavras fossem. Não fosse esta a pessoa mais incrível da minha vida. Não fosse este o fascínio do meu mundo. Não tivesse ela pintas nos olhos e se chamasse sara afonso.

Deitada numa cama qualquer, sinto as extremidades.

Esta é a melhor sensação que o universo já transpôs em palavras. Quando imoveis, ignóbeis e petrificados pela grandeza do universo, te deitas numa qualquer cama, num qualquer encosto mundano e sentes as extremidades. Como quando a apatia sobrevivia á alegria e ganhava constantemente as batalhas numa tentativa de que eu fosse mais e mais vazia e cada vez menos impressionável. Ate que atingi o fundo do mais fundo dos poços da terra e era toda eu apática, indiferente e indolente perante tudo. Perante todas as profanidades mortais. Perante todas as dissertações filosóficas, perante todas as demonstrações existenciais, era eu plena e segura, apatia.

E a Sara Afonso, pede-me que me deite numa cama, e tente com muita força sentir as extremidades. E devagar me aperceba do meu corpo. Que existo.

"Tenta devagar, sentir a dormência das extremidades. E depois as pernas e os braços, ate que te apercebas do teu corpo e do que és."

4 ou 5 anos se passaram.

As extremidades estão dormentes, vivas e apaixonadas. E o resto do corpo também.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Olá vício

Adoro te .
Todos os dias.

...e sim,
...estou a pensar em ti.


Todas as cores.

Tenho em mim, a perfeita e considerável noção que tanto e tão pouco se transformaram as cores que o universo me apresenta.
Estas agora estão ( claramente em função de uma nova tendência de moda recentemente exposta ) mais fortes, mais bizarras e mais garridas.
Brilham nos meus olhos como se fossem mais do que apenas simples cores. O preto já brilha como se fosse fluorescente. O amarelo é quase imortal.
Tenho em mim, todas as cores do mundo. Todas as fluorescências da terra. Todas as incríveis considerações do presente que fazem das cores mais vivas.
E no entanto, o futuro, apesar de mais rico, inconstante, genuíno, livre e meu, parece me quase monocromático. E sem grande esperança. Chamemos lhe um naufrago.
Que flutua, não se influencia, apenas se comove num abraço.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Adega 93

Se por mares nunca (d)'antes navegados,
Por razão de outrora eu não navegar
Por consequência de meus incompetentes fados,
Não me chamem a mim pátria e verdade,
Mas renata, prazer - uma identidade.

Pois verdade seja, digo-vos não há muito o que negar,
Se alguma vez me sentisse presa em versos que sentido fazem,
Apenas pelo nulo e vazio acto de rimar,
Não seria eu, não seria mesma, seria apenas própria de agradar.

Consideremos então uma real prosa fugidia,
Que meia condescendente pelo mundo da comprazida poesia,
Consideraria,
Que se pelos mares em que já esta navegava,
Poderia apenas extensivamente escrever,
Deixaria o fado, remaria e nos altos mares se deixaria
Pelos outros esquecer.

Viveria da prosa, e da correria,
Sentiria e apenas saberia,
Ser viva e própria de ser.

Não sejamos ridículos e de utopias,
Sejamos loucos e de transformações,
Sonharemos, reais, racionais e em perfeita sintonia,
E sejamos próprios, e sejamos demais,
Sejamos românticas revoluções.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ela é que sabe de si.





0:45 .
1:20 .

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Frustações e comichões de uma boneca estragada


É como se o todo fosse inconsciente. E o inconsciente fosse quase tão presente como o seu oposto. E se agregassem. E me dessem uma terrivel comichão depois do sol se por. Uma comichão que necessita de unhas afiadas, e de vernizes a estalar. E no entanto me faz roer as unhas. Expliquem-me. Concretiza-se a evidência que não é uma impressão física, mas um estado alienado mental. E que se calhar sou diminuída, sou incrivelmente diminuída. Talvez o meu inconsciente se exija coçar - se para que me faça munir-me de uma verdade simples- não está tudo bem. E que se calhar as mensagens para o Miguel, são mensagens para o cérebro. E se o Miguel não recebesse um "foda-se" diário. Senão fossem estas constatações de um pavor consciente de memórias. E não fosse a puta da tentação. Nunca ouve puta tão barata. Evidente em todas as esquinas.
Deixasse eu os demónios para trás. E me deixasse chorar. "Deita cá para fora." Mas nunca deita. Tudo é retido num mar de condensação de informação, de memórias, factos e constatações de pecados passados, semi-possíveis presentes e futuros. Talvez por isso, um cigarro não chegue. Talvez por isso, o receio de afirmar a verdade. Um maço por dia. Nem sabes o mal que me fazia. E o primeiro que me faz quase desmaiar. Quase orgasmicamente. E me faz sorrir. Como se adorasse saber que sou uma essência de fim eminente. E me deliciasse. E parasse de me estragar.E me calasse de uma vez. Assistisse a mais nasceres do sol. Era-me tudo. Diziam-me, no outro dia, que não era tão bonita e tão boa no presente. Tentava relembrar-me da altura da minha vida em que me diziam isso. Já foi á tanto tempo. Uma pobre ingénua atormentada. Não era de todo a preservação do aspecto. A aparência só estraga a beleza. E a minha era-me recordada de segundo a segundo. E os demónios culpavam-me a beleza pelos seus actos. "A culpa disto tudo é de seres assim. Porque é que és assim?". Recordo-me tão bem da madrasta pergunta. Era numa forma que nunca desejei. Mas acontecia. E fabricavam o escândalo, o boato, o "ouvi dizer", o uso de uma imagem desprezada, por não querer saber. E estragou-se a boneca no palco. Uma boneca que dançava drum até ferir a carne. E chorava por não mais conseguir. Pela perseguição, pela ridícula adoração, pelos apaixonados trejeitados. E os roubos. Coitadinhas(.l.)

Coitadinhas delas.
Quando a culpa é alheia dá azo a tanta especulação. (...) - uma gargalhada - Era só mais um cigarro. Já volto.
(...)

Menos dissertação, mais condensação.
Estou me a perder. Há-que parar. Diz-me quando. Faz-me parar. Tenho saudades de chorar. De sentir . Sentimentos. Sinto-me como o génerico daquela novela em que a Fernanda Serrano passa por quarenta mãos sem reagir. Há muito tempo que não me sentia como um cabide de interesses ou emoções alheias. Simplesmente apática e estragada. E não me apetece nada mudar. Vou mudar um dia desta semana. E depois volto ao estrago dos dias. E ao ócio das noites.




Patrocinado por "The Devil's Den" - Skrillex e Camel Essencial .
Entre outros vícios.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Antropologia politica - de sociedades primitivas a Estados Nação - uma reflexão

  • Desmembramento da crua, insana e coerente mentalidade essencial

  • caguei para voces. bebo red bulls, fumo como meu pai e digo caralhadas. enquanto estudo. a miga da me um abraço e diz me que gosta de mim apesar de eu ser parva para caralho. e ela desistiu e agora tenho de perceber por ela para lhe poder explicar tudo. tenho fome e ja nao ha café. daqui a pouco fico sozinha a atrofiar. mas gosto de voces todos por igual. mas mais de ti gui, mas porque estás de calças de ganga. e quero bolos e acho que vou dançar para a rotunda daqui a nada. voces fazem me cocegas. mas em diferentes areas, no coraçao, espirito e na melodia disto tudo. a que me faz dançar. que me sabe bem , mas mutila me a cabeça. e transforma me a sensaçao em sentimento. e isso, nao pode ser. e depois de um ou outro, ou mil ou 4 mil vicios dispares, o controlo tá sempre a espreitar. como um botao. onde é facil encaixar. ou uma tatuagem na mao. que ves vezes sem conta. mas depois viciaste em sorrisos, em maleficios, em drogas, no quente. e passas a interrogar te de porque é que o frio ja nao te é confortante. e leio a olivia de um espasmo e fico clarividente. e apercebo me de que aqueles nao eram os meus vicios e agora este é. e torna se quase imperativo o descontrolo. mas ainda mais é a identidade e volto ao circulo vicioso da apatia. puta da apatia. calei me. momento é momento. amanha está podre. estragou-se. vivam.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ovação ao inútil, incriminado, cru e justo filho da puta

Ser filho da puta, não é uma cena inata ou adquirida por meios burocráticos.
Ser filho da puta é um estado alternativo á maternidade em questao
É uma questao de ser simples e puramente, filho da puta.
Nem sequer uma puta ser
Nem sequer estatuto para isso, obter.
Nem sequer possibilidade de em tal se engrandecer.
É ser simples e puramente filho da puta.
Porque importante então é aqui referir
Sem nunca outros puros denegrir
Que tal não se trata de eficazmente deixar ou mesmo coexistir ainda,
Este e neste estado tal de pureza,
Que não se possa semanticamente então, ser puro.
E filho da puta, com toda a certeza.
São ambas , unidas e conciliadas as referidas descritas condiçoes,
Que neste nosso amplo mar, onde filhos da puta são referidos como opções
A filha da puta da madrasta natureza,
Inclui no seu ciclo uma única e pura certeza,
Ou não sejamos todos um dia um pouco mais filhos da puta
Numa nação de dependentes, dependidos e desprendentes situações,
Não nos safamos no meio de um, de dez, de quarenta
Ou de tantos outros puros milhoes.


Um toque simples num vício,
E um beijo nos corações.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

"Se eu largar sinto a sua falta, se eu agarro ela perde a cor."

Se entorpecida fui,
Por momentos que foram mais que dormentes passagens,
Deixai-me agora desentorpecer a passagem ao que é
(E na realidade nunca foi),
Mais vão que uma teoria,
Mais infundado que a própria e parva melancolia,
De um puro acordar relaxado
De um voar de um caos provado,
Por ser tão pouco que possa parar de saciar.
E se de sissiares e de soletrares precisares,
De encantados sonhos de principiantes,
Pois então enfim percebamos,
Que honestamente e essencialmente desretratamos uma princesa
De uma simples real mulher.
E se de rainhas entorpecidas em sonhos inconstantes
Por eternos vividos e bem falantes
Quisermos então em conclusão retratar,
Digamos apenas que num reino de tristes, impuros e gloriosas borboletas,
A rainha já a certeza tinha,
Antes de sequer o cabrão do pensamento em ti se revelar.