domingo, 16 de outubro de 2011

no comment


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Desculpabilizadamente gaja

E fosses então definida á nascença.
Por nasceres mulher.
Por nasceres do teu corpo.
O que inata e desculpabilizadamente te pertence.
E fosses então definida por tudo o que constituis nesse teu corpo.
E crescesses e te tornasses mais mulher e por isso tivesses de viver com mais definições pré destinadas.
E de que nada servisse o facto de seres uma e apenas uma.
E não uma raça, um sexo.
E se antes te definisses como uma essência deambulante no espaço.
E que não pensassem da tua existência essencializante que a mais curta aproximaçao do sexo oposto significa implicitamente uma foda.
Desmesurada.
E fossem apenas próximos e invariavelmente de sexos opostos.
E pudesses fazer entender o mundo que o sexo não é um acto emocional, mas físico e que é controlado e medido.
E pudesses também dar a entender a todos e todas que nem todas as ligações entre sexos necessitam dessa carga negativa.
E fosse essa pressão despressurizada por estas definições inatas.
E fosses livre de beber, rir, apreciar, coçar, criar e viver junto de um elemento do teu sexo oposto.
Deixemo - nos de merdas.
E pudesse uma mulher ser mulher.
E não uma mulher com definiçoes.
E não uma mulher rotulada.
E não uma mulher estereotipada.
Ainda que essas tais existam.
E não generalizássemos a raça feminina.
E se percebessemos outras noções do humano.
E pudesse também eu ser . Simplesmente ser.