segunda-feira, 27 de abril de 2009

Amor vs Paixão

(Paulette e Saraides)

Hoje brincaremos com os sentidos
Sentiremos o ser
E ignoraremos a insensibilidade
De viver
Perceberemos como amar
E como pecar, apaixonadamente
Uma guerra de conceitos
Uma batalha de emoções
Entre o poder do físico
E do emocional.

E como deliciosa era a paixão
E como fantástico era o físico
De um.
E de outro.
E outro ainda.
E mais cem que lhes seguíam,
(e outros cem que lhe haviam de seguir)
O tocar intensamente cada pedaço
Examinando sem prudência
Ou precauções,
O corpo de outro ou outra.
Quebrando a tentação
Cheirar o suor das noites
E dos dias
E das tardes.
E todos os pequenos momentos,
Que faziam pequenas horas,
Se tornarem milénios.
Saber tocar,
Saber abusar,
E abusar mais uma vez.
E saber o sabor
Do corpo.
Da mente.
E da carne. Do fruto mais que proibido.
E por isso apetecido.
A meia dúzia de trincas.
( Sofregamente falando.)
E continuar.
E nunca parar.
E nunca
Nunca
NUNCA
Parar.
O olhar,
E ver se continuas viva.
Para continuar.
Intensamente.
E olhar mais uma vez e implorar
Junto do ouvido mais quente
(de desejar)
"Diz que me queres."
E aceder ao pedido.
Querendo.
Todos os segundos.
De uma hora bem vivida.
E voltar.
Olhar o espelho coberto de bâton
De beijos próprios
De uma imagem exclusiva
E intransmissível
Continuar o ímpeto feroz
De ser sua
Própria,
Num pecar privado.
E desacompanhado,
De sombras opostas.
Eram apenas momentos
De equilíbrio entre duas sombras
De certos e errados
De quereres e desejares
De igualdade de sentimentos contrários
De juventudes
E de inconsciências sem remorsos
E sem amanhãs
De presentes
E de actualmentes
Esquecendo o que lhe sucederia -
- Amores eternos.
E surge-nos este
Amor
E é amor, caros espectadores!
Como carícias transmitem memórias
E as memórias tão facilmente nos recordam
Lágrimas de outrora,
E sorrisos do presente.
E estranhamente,
Ao longe
Ouvimos a voz do passado, indicando a experiência
De beijos profundos
De amores completos
E de difíceis
Finalmente proferidas palavras:
"Eu amo-te!"
- dizia ao ouvido, e olhando-o de seguida nos olhos.
Olhando-o,
Seguindo-o,
E percebendo com um pestanejar,
Que se é desejado.
E nunca mais amado
Igualmente por ninguém.
Sem lágrimas ou hesitações.
E beijava-o,
Saboreava-o sem fim.
Num beijo de mil anos,
De sins. E compreensões. E de vidas.
O beijo mais apetecido,
E o mais procurado.
Com um nariz de curiosa,
Cheirava-lhe o perfume.
Hummm, um tão delicioso perfume.
Um perfume de beijos
De calor e ardor (de saber que não iria acabar)
De amor e de conforto.
Olhava-se num espelho milenar,
Contava as rugas
Os prazeres, e as histórias
E dizia ser feliz com o seu reflexo.
Percebia cada centímetro de si
Percebia cada milímetro de quem amava.
E numa corda bamba,
Equilibrava o amor e as paixões de criança.
Havia apenas uma diferença.
A intensidade.
A história.
E o continuar no dia seguinte.
São memórias de uma vida.
Uma batalha sem fim.
Um amor,
Apaixonante!
E eterno.

'tás a olhar?



When you walked

Through the door,

It was clear to me
You're the one
They adore, who they came to see.

JEALOUSY WILL DRIVE YOU MAD!
(and you gotta love madness)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Wanna bet?



(super Carlaides aqui tens)

Por vezes era demasiado simples.
Demasiado previsível.
Olhava para os lados e tudo o que via eram olhares. Olhava para os olhares e tudo o que via, eram simples lados, ... e frentes, e cimas e baixos.
De fome. Inoportuna e curável fome. Certas vezes dava pena, certas vezes chegava a esmolar alguma pobre desgraçada que lhe pedia a esmola de uma vida.
E ela servia-lhe um linguado e dava lhe um euro para uma sopa. "Pobre rapariga".
Por vezes, nem o desleixo levava à inaxaltação de tudo o que representava. Era demasiado fácil, por amor de deus!
Todos os dias pedia a deus um desafio, uma nova tentativa para se superar a si mesmo, ainda que abusasse dos princípios de alguém, ainda que fosse considerado errado, tudo o que queria, era mostrar mais.
Egoístamente.
A única coisa que o tornava feliz, excitado como crianças com sacos de gomas, eram apostas. Os "aposto contigo", os desafios impossíveis.
As visões de que apenas ele seria conhecido como o que faria as flores deixarem de ser erguer, quando a sua vítima passasse por elas.
Era o orgulho eterno de ser o melhor. A tentativa de mais e melhor.
Até ao dia.
E nesse dia, apontaram-lhe a pureza de uma. Salivava por todos os lados, frentes, cimas e baixos existentes. Era demasiado divertido, tornar a decência impura (podia ser que baixasse de vez a merda do nariz perante o pecado e se apercebesse que era triste, a puta ! ) .
Mas era de uma decência inacreditável. Não lhe reportavam de semanas de celibatarismo em que um pequeno beijo, rosaria um par de faces em três segundos. Falavam-lhe de anos. Falavam-lhe de escolhas. Do facto de não ser fome. Ser conformismo num estilo de vida seco.
Quase que chorava e agradecia a deus o desafio. A merda da pimenta já se tornava escassa demais no armário das especiarias. E estava na altura de fazer um refogado de pureza e luxúria. O jantar, está marcado para as 20h.
Não faltem por favor.
Em principio vamos jantar pelas docas.
Ficaremos por lá e acabaremos a festa na praia. A fazer corar a inocência, com histórias de fazer cair a alma por terra ás queridas mamãs.
Na lista de convidados, desta vez, a preguiça e a inveja não serão convidadas.
A luxúria e a gula dizem que trazem acompanhantes.
Fica para a próxima.

É sempre um prazer.
O beijo.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Life expert




In life, i'm an expert
,
How can you show me anything new?


@Always a pleasure.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

8 dias



Pequeno momento de introspecção.
É o regresso. Existem certos momentos, em que nem o mais importante se sobrepõe ao crucial, relativamente á sobrevivência. E no que diz respeito a sobrevivência, a minha posição sempre foi clara- não o faço.

É preferível viver dois minutos e sorrir em todos os eles, e gemer de êxtase, e gritar de excitação, e fechar os olhos de emoção, a pura e simples,

comer, dormir, rezar e continuar. Continuar da-me pena em contraste com culminar cada momento esporadicamente e num súbito momento de inspiração batida - rebeldemente.
Mas isso são outras conversas.
O mais crucial num momento de ridícula ternura emocional - são os pequenos doces na vida de alguém - que transmitem sorrisos e trazem lenços de papel em todas as alturas em ombros mais próximos.
São imagens espelhadas. São os próprios espelhos. E consciências que vivendo alternativamente, juntas equivalem à perfeição.
Uma semana, com dispensáveis, faz apreciar os essenciais.
Não lhes devo nada,

Só a estabilidade de princípios.
E a irreverencia do ser.

Quem conhece, sabe.
Quem não conhece, inveja.
Mas invejar,
É pecar , meus irmãos.

A minha bênção, então.
É sempre um prazer.


@

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Ex: Pecado Original



Tenho uma pergunta para ti.
Reserva te aos teus conservadorismos por favor.
Desde quando ... (acalma te por favor não é nada de especial)...

É que o pecado se tornou monótono?

Há tempos que não me recordo bem da distancia exacta, pecar era como saltar para o desconhecido. Comer de mais era horrível e punido, ter orgulho era anti-cristão e desaprovado, ter vaidade em si próprio era ir contra o pudicismo padrão, foder e gostar de o fazer era ser considerado vendido e fácil, sentir raiva era triste e marginalizado, acordar depois das nove era ser preguiçoso e inútil e não dar aos pobres era ser avarento e egoísta.
Neste momento, não se fazer um destes itens não é estranho, é usual.
Hoje em dia não é assim tão fácil para os cristãos e cumpridores.
Vivemos numa "sociedade" gulosa, vaidosa, que fode e gosta de foder, de raiva e amor e de sentimentos à flor da pele, preguiçosa e amante do quentinho e do conforto da cama, e egoísta para com os pedintes.
Interessante.
Tentei fazer de nos tristes e pecaminosos, e so nos tornei ainda mais apetitosos.
Agora vou só ali olhar me ao espelho e tocar me na minha cama durante 6 horas, gritar com a minha mãe por qualquer coisinha, comer um balde gelado e quando me pedires um bocado ... NÃO DOU!

É sempre um prazer.
@