segunda-feira, 11 de maio de 2009

Era apenas uma memória orgulhosa.

Olha aLI!
Sinto um carinho especial por metáforas.
Permitem-me camuflar o medo, calcular a queda sem que ninguém se aperceba, e ser livre, no meio de prisões evidentes. De todos. Permitem me ainda, homenagear espíritos, corpos e mentalidades.
Hoje vou contar-vos como o pecado se transforma também este em felicidade e por sua vez, num corpo.
Como um corpo chora e se ri. E por vezes meses sentado e só, se diz genuinamente infeliz. E como outro corpo próximo de alma pecaminosa e capaz, o tentava ajudar. Falhando. Chorando. E chorando ainda mais alto. Pela impotência mordaz.
Infeliz vivia a alma pecaminosa, numa infelicidade evidente para os que sem medo a olhavam, e ainda mais evidente para os que a viam de verdade. E escura para os que tentavam sem conseguir. Os mais próximos e os mais desejados.
Orgulhosamente vivia, apaixonadamente chorava e amava com cada suspiro, o tentar mais o vez. O incessante continuar. Persistia numa luta de nãos e sins mentirosos e dizia ser feliz sorrindo para uma sombra oca.
Persistia em dizer, que tinha algo que não tinha, e perder o que não possuía. Em ter o que perdeu, e em perder o que estupidamente teve. Por ser estupidez a devoção cega, a um ideal já esquecido e banalizado, estranhamente em simultâneo.
Chorava em palavras para maiores de 18, e dizia para os todos que a quisessem ouvir, "Possui-me!" , numa tentativa de mostrar, também ela, que pecar era saudável. E de irreverente ser, por não banal de tornar, num mundo de ninguéns. que não se apercebem que á primeira ninguém vence. Num mundo de nomes e de vazios. E num mundo de prisões.
Num mundo de segredos, e de confrontos. Onde a verdade é subestimada e onde a justificação significa a dependência do ser.
E onde a dependência se torna cega.
E onde o medo se apodera do ser.
E onde se perde o ser.
Sem medos.
E se ganha coragem, para ter medo. E a coragem de viver, se perde. Por lutar diariamente, com a coragem de medo ter.
E onde a metáfora ganha vida.

Por vezes, sinto-me a cambalear. Numa linha de certos e errados, onde aparentemente o certo é a razão e o errado, o obscuro. E onde se olharmos com um olhar de quem vê de verdade, nos apercebemos que o certo é apenas arrogante para quem sabe que errou, e o errado, pede perdão. E o errado se ajoelha. E o errado tenta e se esforça, num esforço vão de falhados.
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Salto da minha linha. Procuro o errado. E dou lhe a mão. Dou lhe o corpo, e o aperto o meu reflexo com força. E o puxo para a minha linha. Juntos, saltamos para o certo. E jorramos lágrimas, e pedimos e rogamos, e o certo com a força de cem mil anos de amizades passadas, nos dá uma oportunidade.
Agarramo-la e fechamos a mão. Fugimos rapidamente, para a linha de conforto e pensamos na solução.
Pensamos....pensamos.
E antes e depois. No inicio e no fim. No durante e no talvez.
Genuinidade.
O dia já corria mais depressa.
A metáfora já fluía com mais naturalidade.
Eram apenas amores para a vida.
O que mais há?
(...)
Lembraste meu amor,
Na tua lua de papel pensavas
"agora sou feliz"
E eu excitada te dizia
"Neverland, ele puxou te para dançar!"
E tu no teu alto de possessão me dizias
"Não mais vou estar só."


Era apenas pouco mais de humildade, por favor. A arrogância já nos fez mais valor. De dia para dia, cede para a tristeza.
Obrigada.


(Keep dreaming. Neverland, can't stop dreaming. And wiching. And trying)
É sempre ( o maior) prazer.