segunda-feira, 13 de setembro de 2010

talvez fosse outro nome

Já agora, era só mais uma mortalha. Nem isso. Era so mais um pedaço de cartão para curar o vicio. Mais um pedaço de chão a olhar nos de baixo. Mais um pedaço de rotina a puxar-nos para o decadente, para o alucinante, para o desencaminhador. O porco, o sujo, o mau e o triste. O importante. Era só mais um acto de amor numa tenda mais proxima.
Era só mais um corpo. De cabelos rebeldes que me puxassem novamente o eterno e para o vácuo inconcebivel do irresistivel corpo. Loiros.
------------------------( Porque seriam sempre loiros? )----------------------------
Do suave e quente corpo. Aquele que veio protegido contra o desconhecido. Com sabores diferentes. Aquele que (se) vem contra tudo e contra o indesejável. A favor do apetecivel. A favor do genuino e do esporadico por ser nosso.
- diz me outra vez o teu nome.
- joana.
- diz por favor. (enquanto me morde a perna encaixada no seu tronco)
- joana.
- vou ser então o joão.
fazia sentido. contra todos os protestos, amanha nem joao es. Deixas de ser. Passas a existir no mundo alheio dos perdidos. Mas foste um calor frio, que espasmodica e liricamente, se havia tornado num nome compativel.
(...)
um estranho ao casal aproximava se.
perguntou, zonzo de ilusões auto provocadas
- diz me so se es bonita.
- nao. sou horrivel.
e do meio de um tronco e uma perna, com os seus cabelos rebeldes dizia este.
- ela é linda.
escrevi te o meu nome nas costas. sem canetas. sem materiais. com a minha lingua. e sublinhei com os meus beijos.
"olivia"


(my life without cheesecake sucks)