quarta-feira, 7 de março de 2012

Adega 93

Se por mares nunca (d)'antes navegados,
Por razão de outrora eu não navegar
Por consequência de meus incompetentes fados,
Não me chamem a mim pátria e verdade,
Mas renata, prazer - uma identidade.

Pois verdade seja, digo-vos não há muito o que negar,
Se alguma vez me sentisse presa em versos que sentido fazem,
Apenas pelo nulo e vazio acto de rimar,
Não seria eu, não seria mesma, seria apenas própria de agradar.

Consideremos então uma real prosa fugidia,
Que meia condescendente pelo mundo da comprazida poesia,
Consideraria,
Que se pelos mares em que já esta navegava,
Poderia apenas extensivamente escrever,
Deixaria o fado, remaria e nos altos mares se deixaria
Pelos outros esquecer.

Viveria da prosa, e da correria,
Sentiria e apenas saberia,
Ser viva e própria de ser.

Não sejamos ridículos e de utopias,
Sejamos loucos e de transformações,
Sonharemos, reais, racionais e em perfeita sintonia,
E sejamos próprios, e sejamos demais,
Sejamos românticas revoluções.