sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

"Se eu largar sinto a sua falta, se eu agarro ela perde a cor."

Se entorpecida fui,
Por momentos que foram mais que dormentes passagens,
Deixai-me agora desentorpecer a passagem ao que é
(E na realidade nunca foi),
Mais vão que uma teoria,
Mais infundado que a própria e parva melancolia,
De um puro acordar relaxado
De um voar de um caos provado,
Por ser tão pouco que possa parar de saciar.
E se de sissiares e de soletrares precisares,
De encantados sonhos de principiantes,
Pois então enfim percebamos,
Que honestamente e essencialmente desretratamos uma princesa
De uma simples real mulher.
E se de rainhas entorpecidas em sonhos inconstantes
Por eternos vividos e bem falantes
Quisermos então em conclusão retratar,
Digamos apenas que num reino de tristes, impuros e gloriosas borboletas,
A rainha já a certeza tinha,
Antes de sequer o cabrão do pensamento em ti se revelar.