domingo, 13 de junho de 2010

It's just whisky - again.

Fervilho
No calor de um grito
Num sufoco único
O sufoco que dói
Que nao cura
Apenas arde
Apenas fervilha
Apenas grita ainda mais
E ainda mais faz gritar
E acredita na aurora
Como se fosse remendar
O partido e o febril
O dorido e o escaldado
O inútil e emendado
E destruido por mal estar cuidado
O coração que se partiu
Sem auxilio da sensibilidade
Que nasceu remendado
E nao suportou o corpo
E nao suportou o espirito
E suportou apenas a efemeridade
Da inevitabilidade de se partir.
Nasci da lirica espuma
E com ela se misturou um alcool cruel
E assim em vez de ficar apenas de uma
Fiquei de duas e tres cores.
E de alcool e espuma foi moldado o coraçao
Que ainda que rogasse modesta absolviçao
Foi quebrado.
Tentou deus comigo experimentar
O vicio e a nostalgia
Do rebelde mar.
Fervilho
No calor de um grito que nao é meu.
Foi gritado ao céu, e deixado a esperar.
Pois gritemos entao mais uma vez,
E esperemos que a ressaca cure o inevitavel
Do honesto alcool
E da espuma, o calor lirico.
Tipico!
Deixemos vir o cafe, deixemos a manhã chegar.
Amanha, o novo e o acordar.
Tragam a compressa e o remendar.
Era um whisky e uma vodka para levar.
Se do alcool nasci,
Deixai me entao todos os dias com ele,
Um pecado acabar.

Este fala - nos do quente e do frio,
E do acabar.