segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Este ano

Lembro me de reflectir sobre a concretização e pensar que me sabia a vazio. A merda. A ar a flutuar na minha boca deixando-me um sabor a amargo.  Como se tivesse , até nessa altura, a noção presente de que não era uma concretização. Agora é diferente...

A forma, o movimento, a resistência, o corpo, o sorriso, ... o alcançar de um plano alimentar desejado, uma vida sexual de invejar encontros de amigas, fantásticos eventos com as amigas gloriosas, momentos dramáticos de tão loucos na companhia dos amigos, a calmaria da nova residência, um ganha pão que me enche o dia de gargalhadas, colegas facilmente comparáveis a verdadeiros amigos, um diário e imensos sonhos. O dinheiro menor, gasto em viagens constantes -  em pequenos "getaways" que me enchem o peito. O futuro profissional aguardando, sem pressas. A família feliz e a mãe o bem mais precioso. Estou feliz. Tão feliz. 2015, o ano em que alguma força divina me olhou para o castelo de cartas, soprou violentamente e disse "pelo amor de Deus Renata, que merda é esta? Tu consegues muito melhor."
E estou a conseguir.

Isto é a felicidade.  O sorriso estampado e o constante desejo de mais. Sem nunca pensar em estar concretizada.