E pensavas tu que eu fosse mais que isto.
E sonhavas, e pedias e clamavas á entidade que preferisses na altura, que eu fosse mais que isto.
Para que em todos os lugares, perante todos os ambientes, sob qualquer obstáculo, eu fosse um pouco mais que isto.
Para que em todas as caras, em cada sorriso e em cada sinal de desconfiança, eu fosse, ao menos, um pouco mais que isto.
Quando na verdade, sou mais que tudo. Quando na verdade nem o tudo me chega, porque um tudo que foi feito para os outros nao me chega a mim.
E nao que o tudo fosse mau de todo, mas desadequado para alguém que nao percebe e segue convençoes. Evidentemente. Que vive, por coincidencia, no mesmo tempo e espaço que o resto. Mas é tudo o que compartilha com o restolho. Nao sobrevive, nao come e bebe, nao faz amor, nao inveja, nao partilha e nao descansa. O que faz é respirar fundo. Bem fundo. Saboreia e embebeda-se. O sexo é contínuo e sem pudores, porque a vida com taboos nao vale a pena. Alcança o desejo com a atitude. E divide se por todas as existencias carinhosas que mais querem e precisam. E ouve dubstep. E a quem o whisky já nao sorri como antes. São 17h30m. O quente saboreia-se e agradece-se. Quem é convidado, já o foi.
Beijo no coração.