Hoje uma rapariga loura cantava em tom de cover "I hope that I can use somebody". Mas gemia de tristeza como se realmente nao quisesse usar ninguém. Como se fosse a voz dela que lhe gritasse que era assim que a sua origem e essência e que era errado negar as raízes. Como se a alternativa fosse a banalidade. Ontem a minha mãe lavou a almofada da minha cama e hoje cheira a lavado. A novo. A cantava-me aos ouvidos,ás escuras e eu cheirava a almofada. E com muita força tentava sentir as extremidades do meu corpo. Mas a vontade contrariava o designio. E este estava escrito nas expressoes dos outros. Acendi a luz pequenina e no meu caderno espantei o medo da canção. A coincidencia. ------ Agora que oiço melhor ela diz "You know that I can use somebody" . _____ As contrariedades sublinham as suspeitas. Ja nao tenho beijos de fins de paginas. Esgotaram se com a seca de desejo proprio.( Deixo-vos uma preta a cantar no soundtrack. )