(Paulette e Saraides)
Hoje brincaremos com os sentidos
Sentiremos o ser
E ignoraremos a insensibilidade
De viver
Perceberemos como amar
E como pecar, apaixonadamente
Uma guerra de conceitos
Uma batalha de emoções
Entre o poder do físico
E do emocional.
E como deliciosa era a paixão
E como fantástico era o físico
De um.
E de outro.
E outro ainda.
E mais cem que lhes seguíam,
(e outros cem que lhe haviam de seguir)
O tocar intensamente cada pedaço
Examinando sem prudência
Ou precauções,
O corpo de outro ou outra.
Quebrando a tentação
Cheirar o suor das noites
E dos dias
E das tardes.
E todos os pequenos momentos,
Que faziam pequenas horas,
Se tornarem milénios.
Saber tocar,
Saber abusar,
E abusar mais uma vez.
E saber o sabor
Do corpo.
Da mente.
E da carne. Do fruto mais que proibido.
E por isso apetecido.
A meia dúzia de trincas.
( Sofregamente falando.)
E continuar.
E nunca parar.
E nunca
Nunca
NUNCA
Parar.
O olhar,
E ver se continuas viva.
Para continuar.
Intensamente.
E olhar mais uma vez e implorar
Junto do ouvido mais quente
(de desejar)
"Diz que me queres."
E aceder ao pedido.
Querendo.
Todos os segundos.
De uma hora bem vivida.
E voltar.
Olhar o espelho coberto de bâton
De beijos próprios
De uma imagem exclusiva
E intransmissível
Continuar o ímpeto feroz
De ser sua
Própria,
Num pecar privado.
E desacompanhado,
De sombras opostas.
Eram apenas momentos
De equilíbrio entre duas sombras
De certos e errados
De quereres e desejares
De igualdade de sentimentos contrários
De juventudes
E de inconsciências sem remorsos
E sem amanhãs
De presentes
E de actualmentes
Esquecendo o que lhe sucederia -
- Amores eternos.
E surge-nos este
Amor
E é amor, caros espectadores!
Como carícias transmitem memórias
E as memórias tão facilmente nos recordam
Lágrimas de outrora,
E sorrisos do presente.
E estranhamente,
Ao longe
Ouvimos a voz do passado, indicando a experiência
De beijos profundos
De amores completos
E de difíceis
Finalmente proferidas palavras:
"Eu amo-te!"
- dizia ao ouvido, e olhando-o de seguida nos olhos.
Olhando-o,
Seguindo-o,
E percebendo com um pestanejar,
Que se é desejado.
E nunca mais amado
Igualmente por ninguém.
Sem lágrimas ou hesitações.
E beijava-o,
Saboreava-o sem fim.
Num beijo de mil anos,
De sins. E compreensões. E de vidas.
O beijo mais apetecido,
E o mais procurado.
Com um nariz de curiosa,
Cheirava-lhe o perfume.
Hummm, um tão delicioso perfume.
Um perfume de beijos
De calor e ardor (de saber que não iria acabar)
De amor e de conforto.
Olhava-se num espelho milenar,
Contava as rugas
Os prazeres, e as histórias
E dizia ser feliz com o seu reflexo.
Percebia cada centímetro de si
Percebia cada milímetro de quem amava.
E numa corda bamba,
Equilibrava o amor e as paixões de criança.
Havia apenas uma diferença.
A intensidade.
A história.
E o continuar no dia seguinte.
São memórias de uma vida.
Uma batalha sem fim.
Um amor,
Apaixonante!
E eterno.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
'tás a olhar?
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Wanna bet?
(super Carlaides aqui tens)
Por vezes era demasiado simples.
Demasiado previsível.
Olhava para os lados e tudo o que via eram olhares. Olhava para os olhares e tudo o que via, eram simples lados, ... e frentes, e cimas e baixos.
De fome. Inoportuna e curável fome. Certas vezes dava pena, certas vezes chegava a esmolar alguma pobre desgraçada que lhe pedia a esmola de uma vida.
E ela servia-lhe um linguado e dava lhe um euro para uma sopa. "Pobre rapariga".
Por vezes, nem o desleixo levava à inaxaltação de tudo o que representava. Era demasiado fácil, por amor de deus!
Todos os dias pedia a deus um desafio, uma nova tentativa para se superar a si mesmo, ainda que abusasse dos princípios de alguém, ainda que fosse considerado errado, tudo o que queria, era mostrar mais.
Egoístamente.
A única coisa que o tornava feliz, excitado como crianças com sacos de gomas, eram apostas. Os "aposto contigo", os desafios impossíveis.
As visões de que apenas ele seria conhecido como o que faria as flores deixarem de ser erguer, quando a sua vítima passasse por elas.
Era o orgulho eterno de ser o melhor. A tentativa de mais e melhor.
Até ao dia.
E nesse dia, apontaram-lhe a pureza de uma. Salivava por todos os lados, frentes, cimas e baixos existentes. Era demasiado divertido, tornar a decência impura (podia ser que baixasse de vez a merda do nariz perante o pecado e se apercebesse que era triste, a puta ! ) .
Mas era de uma decência inacreditável. Não lhe reportavam de semanas de celibatarismo em que um pequeno beijo, rosaria um par de faces em três segundos. Falavam-lhe de anos. Falavam-lhe de escolhas. Do facto de não ser fome. Ser conformismo num estilo de vida seco.
Quase que chorava e agradecia a deus o desafio. A merda da pimenta já se tornava escassa demais no armário das especiarias. E estava na altura de fazer um refogado de pureza e luxúria. O jantar, está marcado para as 20h.
Não faltem por favor.
Em principio vamos jantar pelas docas.
Ficaremos por lá e acabaremos a festa na praia. A fazer corar a inocência, com histórias de fazer cair a alma por terra ás queridas mamãs.
Na lista de convidados, desta vez, a preguiça e a inveja não serão convidadas.
A luxúria e a gula dizem que trazem acompanhantes.
Fica para a próxima.
É sempre um prazer.
O beijo.
Por vezes era demasiado simples.
Demasiado previsível.
Olhava para os lados e tudo o que via eram olhares. Olhava para os olhares e tudo o que via, eram simples lados, ... e frentes, e cimas e baixos.
De fome. Inoportuna e curável fome. Certas vezes dava pena, certas vezes chegava a esmolar alguma pobre desgraçada que lhe pedia a esmola de uma vida.
E ela servia-lhe um linguado e dava lhe um euro para uma sopa. "Pobre rapariga".
Por vezes, nem o desleixo levava à inaxaltação de tudo o que representava. Era demasiado fácil, por amor de deus!
Todos os dias pedia a deus um desafio, uma nova tentativa para se superar a si mesmo, ainda que abusasse dos princípios de alguém, ainda que fosse considerado errado, tudo o que queria, era mostrar mais.
Egoístamente.
A única coisa que o tornava feliz, excitado como crianças com sacos de gomas, eram apostas. Os "aposto contigo", os desafios impossíveis.
As visões de que apenas ele seria conhecido como o que faria as flores deixarem de ser erguer, quando a sua vítima passasse por elas.
Era o orgulho eterno de ser o melhor. A tentativa de mais e melhor.
Até ao dia.
E nesse dia, apontaram-lhe a pureza de uma. Salivava por todos os lados, frentes, cimas e baixos existentes. Era demasiado divertido, tornar a decência impura (podia ser que baixasse de vez a merda do nariz perante o pecado e se apercebesse que era triste, a puta ! ) .
Mas era de uma decência inacreditável. Não lhe reportavam de semanas de celibatarismo em que um pequeno beijo, rosaria um par de faces em três segundos. Falavam-lhe de anos. Falavam-lhe de escolhas. Do facto de não ser fome. Ser conformismo num estilo de vida seco.
Quase que chorava e agradecia a deus o desafio. A merda da pimenta já se tornava escassa demais no armário das especiarias. E estava na altura de fazer um refogado de pureza e luxúria. O jantar, está marcado para as 20h.
Não faltem por favor.
Em principio vamos jantar pelas docas.
Ficaremos por lá e acabaremos a festa na praia. A fazer corar a inocência, com histórias de fazer cair a alma por terra ás queridas mamãs.
Na lista de convidados, desta vez, a preguiça e a inveja não serão convidadas.
A luxúria e a gula dizem que trazem acompanhantes.
Fica para a próxima.
É sempre um prazer.
O beijo.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
8 dias
Pequeno momento de introspecção.
É o regresso. Existem certos momentos, em que nem o mais importante se sobrepõe ao crucial, relativamente á sobrevivência. E no que diz respeito a sobrevivência, a minha posição sempre foi clara- não o faço.
É preferível viver dois minutos e sorrir em todos os eles, e gemer de êxtase, e gritar de excitação, e fechar os olhos de emoção, a pura e simples,
comer, dormir, rezar e continuar. Continuar da-me pena em contraste com culminar cada momento esporadicamente e num súbito momento de inspiração batida - rebeldemente.
Mas isso são outras conversas.
O mais crucial num momento de ridícula ternura emocional - são os pequenos doces na vida de alguém - que transmitem sorrisos e trazem lenços de papel em todas as alturas em ombros mais próximos.
São imagens espelhadas. São os próprios espelhos. E consciências que vivendo alternativamente, juntas equivalem à perfeição.
Uma semana, com dispensáveis, faz apreciar os essenciais.Não lhes devo nada,
Só a estabilidade de princípios.
E a irreverencia do ser.
Quem conhece, sabe.
Quem não conhece, inveja.
Mas invejar,
É pecar , meus irmãos.
A minha bênção, então.
É sempre um prazer.
@
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Ex: Pecado Original
Tenho uma pergunta para ti.
Reserva te aos teus conservadorismos por favor.
Desde quando ... (acalma te por favor não é nada de especial)...
É que o pecado se tornou monótono?
Há tempos que não me recordo bem da distancia exacta, pecar era como saltar para o desconhecido. Comer de mais era horrível e punido, ter orgulho era anti-cristão e desaprovado, ter vaidade em si próprio era ir contra o pudicismo padrão, foder e gostar de o fazer era ser considerado vendido e fácil, sentir raiva era triste e marginalizado, acordar depois das nove era ser preguiçoso e inútil e não dar aos pobres era ser avarento e egoísta.Neste momento, não se fazer um destes itens não é estranho, é usual.
Hoje em dia não é assim tão fácil para os cristãos e cumpridores.
Vivemos numa "sociedade" gulosa, vaidosa, que fode e gosta de foder, de raiva e amor e de sentimentos à flor da pele, preguiçosa e amante do quentinho e do conforto da cama, e egoísta para com os pedintes.
Interessante.
Tentei fazer de nos tristes e pecaminosos, e so nos tornei ainda mais apetitosos.
Agora vou só ali olhar me ao espelho e tocar me na minha cama durante 6 horas, gritar com a minha mãe por qualquer coisinha, comer um balde gelado e quando me pedires um bocado ... NÃO DOU!
É sempre um prazer.
@
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