terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A que sabe a concretização ?



A pouco.
Á sede.
De mais.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Pelos meus olhos





terça-feira, 27 de novembro de 2012

Blue Caterpillar


As boas relaçoes definem-se pela intensidade e não pelo vácuo espaço-temporal. São vagas, escassas e magoam os demais, não habituados a este tipo de convivência. Pessoas que sobrevivem com pessoas. Enquanto que existem seres humanos extraordinários que repugnam a humanidade com a sua capacidade inata de se humanizarem. A de total e nula capacidade para tal. Co-existem apenas temporariamente, com a maior intensidade e não procuram magoar os demais, simples carregam o forte peso da identidade que carrega ainda o peso da memória, que carrega o peso de uma contra-memória dos que nascem em fases avançadas das suas vidas e que contradizem as suas ilusões e fantasias, com as da realidade. Porque todos sabemos que o mistério, o fantástico, o porco e o pornográfico suporta a característica rídicula mas tenaz da curiosidade e do interesse. Como quando és criança e vês uma osga gigante, que é absolutamente repugnante, repugnantemente viscosa e no entanto, espetas com um pau. Há que construir um mundo á volta da osga, porque é esta que te irá mostrar o fantástico, te irá fazer maravilhar e acreditar em algo mais que a sobrevivência. São estes efeméros seres, sublimes encantadores vermes que fazem o circo da vida. Isolados, espontaneamente concebidos e desenvolvidos com vontade e destino próprio, deixados no tempo e no espaço.

Percebe esta natureza é perceber o resto.
Quando magoar nao é magoar, é existir.
Quando a transmissão de tudo não se assemelha á partilha, mas á verdade do que deve ser partilhado, por uma vontade interior.

O meu nome é Renata, já agora.

domingo, 21 de outubro de 2012

Calafrio em construção

É como perder o sentido que já pouco de si existencializa. Como uma versão mal contada dos factos em que uns diziam que era o quente o responsável, e outros proferiam com a maior certeza mundana ser o frio.

domingo, 14 de outubro de 2012

Soldier On


Sinto uma constante. Como um ar que carrega os medos, as aspirações, os orgulhos perdidos e recuperados, as memórias e os passados. Passados contados ou vividos e que agora permanecem na incerteza de um reaparecimento. Onde andas tu? Diz me onde andas. O passado foi construído sobre as bases erradas, felizmente erradas. Certamente próprias, mas que tornaram o presente exigente com os humanos que nele subsistem ridiculamente na única condição de serem os mais cool em redes sociais. Onde foi parar a comoção? Que é feito da inteligência, que é feito do amor sincero lírico e duradouro? Que é feito.... foda se - da concordância, da discordância, da discussão, do saudável, do nocivo e novo, da novidade por si só - dita, da noção de cultura, da literatura constante, do sentimento de liberdade, da individualidade virada para uma sociedade de diferença e não para uma sociedade estética de consumo. Onde a liberalização do individuo dá importância ao conteúdo e ao exterior, como um misto de uma equação estratégica e tacticamente pensada. E não só pelo ridículo do estético irreverente, e não só pela assunção dos conteúdos - sem neles demonstrar prática evidente de ser experienciada. Mas guardada em cofres de pensamento. Ridículo, quase tão ridículo como a falta deste. Onde estás tu? O mal não se esquece pela exigência e dedicação do bem na vida, não se balanceia, não se compensa, o mal traduz se em cicatrizes. As cicatrizes são fodidas, são como tatuagens da experiencia. Como se o tempo decidisse dedicar-se á arte urbana, depois de ver pelos anos passarem-se belos murais nas calçadas da minha cidade, e concluísse que o ser humana, precisaria - assim como as calçadas- de uma lembrança de que o mal correto dos artistas que se comovem, que experienciam, que espancam, que amam e ardem pela arte e pela vida também englobam a dimensão temporal do que vivemos, também englobam o espaço, a dor, a queda, o murro, o ardor e a consequente cicatriz. Tatuada pela constante. Lembrada pela memória coletiva. Num regime político de expressão social, de identidade banal, de poder desequilibrado e de contrapoder endrominado, por mentes insanas, controladas pelo desejo de matar. A identidade resta. Tudo o resto flutuou.


(Dispersão envolvida em conteúdos programáticos, frustações presentes e melancolias de Temper Trap. Uma dissertação acertada. Sem conclusões.)